segunda-feira, 20 de julho de 2015

EBD - Teologia do Culto - Lição 8

DEFININDO TERMOS
5. MINISTÉRIO DE MÚSICA - Parte 2



Função do Ministério de Música

Em várias ocasiões já ouvi o “ministro” de música dizer: “cantem forte que Deus gosta”! “Peço que todos fiquem de pé”!. E se houver alguém que não pude ficar em pé ou cantar alto? 

Deus não aceitará o seu louvor? Muitos, por limites não podem obedecer estas manipulações e acabam ouvindo: “se não quer participar do culto, porque veio aqui?” 

Muitas vezes quem está sentado e de cabeça baixa (orando ou chorando ou refletindo sobre sua vida) está adorando muito mais do que os que gritam, pulam, gesticulam em obediência ao dirigente. Ministérios que agem assim correm o risco de passar para a congregação a ideia de que só há uma forma de adora a Deus – a sua. Deus olha mais para o estado espiritual do adorador do que para a forma como ele o faz.

A sinceridade e o zelo passional, somados à ideia de um padrão divino podem levar alguns à disputa sobre quem adora da maneira certa, ou quem tem a revelação do único jeito que Deus deseja. Este entendimento faz das diferenças, um fator de exclusão e não de fraternidade. Valor requerido na adoração comunitária. (BATISTA, 2011, 22).

Em João 4:19-24 fica clara a ideia de que Deus não está preocupado com formas, lugares, posições ou quaisquer outras manifestações externas de cultuar (4:20). Mas com o estado espiritual do adorador (4:23,24). Qual, então a função do ministério de música? Quando este ministério adora em espírito e em verdade, toda a congregação é motivada a adorar assim também. 

Não é manipulando ou dando bronca na congregação que não responde aos seus apelos que ele vai conseguir fazer com que adorem em espírito e verdade. Levar a congregação à adoração é função do Espírito Santo e não do homem. O homem precisa entender que ele é apenas um instrumento que pode ser usado, se se colocar da forma certa nas mãos de Deus.

É comum se ouvir que o ministério de música tem a responsabilidade de levar a igreja a adora a Deus. “Ministrar o louvor não tem a premissa de motivar as pessoas a louvar, e sim de dedicar o louvor para Deus. Há um enorme perigo dos cultos necessitarem de animadores e não de ministro – servo.” (BATISTA, 2011, 50). É possível o ministério de música executar seu serviço sem, contudo, está fazendo para Deus. “Fazemos música sem Deus, ou fazemos arte cristã sem estarmos intimamente conectados com Cristo.” (NOLAND, 2007, 259).

A competência de levar a igreja a cultuar é do Espírito Santo. Não haverá culto verdadeiro se ele não for dirigido pelo Espírito Santo. Paulo mostra sua importância no culto quando diz: “nós que adoramos pelo Espírito de Deus” (Fp 3:3). Adorar pelo Espírito de Deus implica rejeitar toda confiança na carne. 1 Timóteo 2:5 diz: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus”. 

O único capaz de mediar qualquer coisa inclusive o louvor e adoração entre o homem adorador e o Deus adorado é Cristo. Nem dirigente de culto, nem ministério de música, nem a própria igreja poderá fazer esta mediação. [...] O dirigente (é) apenas um receptáculo do dom de Deus, que ocupa uma função, pois afinal um tem salmo, outro hino ...” (BATISTA, 2011, 137) ou outra função qualquer durante o culto.

O ministério de música trazer para si esta responsabilidade é tentar se colocar no lugar do Espírito Santo. A função deste ministério é servir através da música, adorar, em espírito e em verdade com o seu serviço, oferecer a Deus a mais elevada homenagem através da música. A resposta da congregação será fazer o mesmo em louvor e adoração também em espírito e em verdade.


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