segunda-feira, 27 de julho de 2015

145ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 93 

Templo Ornamentado de Santidade

O salmista aqui faz a mais elevada homenagem a Deus ao reconhecê-lo como Rei, Eterno e Poderoso. Um Rei que tem o seu trono firmado na eternidade, com poder para sustentar o mundo sem que ele se abale.

Mesmo que todas as águas, afrontosamente, se levantem em fúria e o mar esbraveje, nunca conseguirão suplantar o poder de Deus sobre tudo e todos. Deus é um o Rei Eterno, Poderoso e Santo. E o Templo onde Ele habita se torna santo só por causa de sua presença ali.

APLICAÇÃO

Já vimos em devocionais passados que o Templo no Antigo Testamento era considerado a “Casa de Deus” por causa da presença da Arca da Aliança. Com a morte de Cristo o véu do Templo se rasgou (Mt 27:51), agora no Novo Testamento, nós somos chamados de “A casa de Deus” onde o Espírito Santo mora (1 Co 6:2).

Isto posto, podemos dizer que o Templo não é mais a casa de Deus, mas o lugar onde a “Casa de Deus” se reúne para em comunidade prestar a Ele a mais elevada homenagem, ou seja, um culto de louvor e adoração a Deus.

Somos o Templo do Espírito Santo onde Deus habita e fomos feitos nação santa (1 Pe 2:9) porque Ele passou a habitar em nós. Portanto, o Senhor não reina apenas no universo, mas também, em cada um de nós como Rei Eterno, Poderoso e Santo.

O Senhor quer habitar em um templo ornamentado de santidade (1 Pe 1:16). Que cada dia nós possamos cultivar uma vida de santidade a fim de não obrigarmos ao nosso Rei viver em um lugar pouco compatível com a Sua Santidade.

ORAÇÃO



144ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 92 

Os justos florescerão como a palmeira

Este é um salmo bem alegre, de louvor, que era usado nas celebrações no Templo. O salmista reconhece o cuidado de Deus durante a noite e sua fidelidade durante o dia. Fidelidade e cuidados que se manifestam de várias formas. Tudo isso deixa o salmista feliz ao ponto de leva-lo a cantar a Deus (4).

Pena que os insensatos não percebem isso e que apesar do seu sucesso eles logo serão destruídos. Quanto aos filhos de Deus, estes florescerão e mesmo em idade avançada ainda produzirão frutos e serão usados por Deus para proclamar a sua justiça. Finaliza, reconhecendo ser Deus a sua Rocha. (15).

APLICAÇÃO

Estamos vivendo dias em que a Palavra do Senhor se cumpre na vida daqueles que são ímpios e que não quiseram se tornar amigos de Deus. O salmo 92 diz que embora os ímpios prosperem, eles não ficarão impunes por causa de sua impiedade.

Quanto a nós, filhos de Deus, receberemos do Senhor a prosperidade que nos cabe, nada mais e nada menos. Não necessariamente, a prosperidade financeira que nós queremos.

Mas, prosperidade seja ela de renovação das forças, novo vigor (12); seja crescimento em vários sentidos, inclusive financeiro (12); também veremos a derrota daqueles que têm se levantado contra nós (11) sejam eles humanos ou espirituais.


Cresceremos, floresceremos e produziremos frutos dignos do Senhor. E mesmo na velhice, o Senhor ainda nos usará para o crescimento do Seu Reino. Ele é quem garante, pois Nele estamos firmados (15).

sábado, 25 de julho de 2015

143ª


REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 91 – 3ª Parte

Sob a Proteção do Todo-Poderoso

No Salmo 91:9, na NVI, o salmista apresenta uma condição para que o povo de Deus receba a Sua proteção: “Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo, do Senhor o seu refúgio”.

O salmo segue mostrando as consequências do cumprimento desta condição: o mal, em suas variáveis, não o atingirá porque Deus enviará seus anjos para protegê-lo (10-12); os perigos (aqui representados pela cobra e pelo leão) poderão aparecer, mas a vitória é garantida (13).

Se refugiar no Senhor é demonstração de confiança e amor para com Ele. E o Senhor reconhece isto e garante que ele será protegido, sua oração será ouvida, Sua presença será constante com ele, será honrado, viverá em abundância de dias e conhecerá a salvação do Senhor. É Deus quem promete isto para seu povo “SE” buscarem nEle refúgio.

APLICAÇÃO

Muitos males se levantam contra nós, seja em forma humana, espiritual, físico, emocional. Tentamos lutar contra eles e em muitas destas lutas somos derrotados. Mas, como povo de Deus não precisamos passar pela humilhação das derrotas, pois temos Deus para nos proteger.

Mas, há uma condição para obtermos vitória – se, tão somente, nos refugiarmos no Senhor e fizermos Dele nosso abrigo seguro. Então ele nos garantirá proteção com seus anjos, que são ministros de Deus a serviço de seu povo. Nossas orações serão ouvidas e respondidas, não necessariamente como queremos, mas conforme Sua vontade que é boa, perfeita e agradável.

Os perigos que se levantarem contra nós serão destruídos e vencidos. Em todos os momentos de dificuldades Ele estará lutando por nós. Quando tentarem nos destruir, Ele mesmo que a tudo vê, nos honrará. Nos garante vida longa para O honrá-lo e conheceremos a salvação do Senhor para conosco.

Porque O amamos e O conhecemos, Ele fará tudo isso por nós.

ORAÇÃO

Outras reflexões em Salmos, no blogger: “Coisas de Mana Lobão”.




142ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 91  2ª Parte 

 Esconderijo do Altíssimo

A Bíblia em “Ordem Cronológica NVI”, atribui este salmo a Moisés que foi escrito durante o êxodo rumo à Canaã. O povo estava experimentando uma viagem longa e difícil pelo deserto. Aqui o salmista chama à atenção de que não importa a dificuldade passada se ela é passada com Deus. No final há vitória garantida.

É um salmo que fala da proteção de Deus para com os seus filhos; do livramento nas provas; da fidelidade dia e noite; do consolo ao saber que seus inimigos serão punidos por Deus. Enfim, que nada atingirá aquele que se refugia no esconderijo do Altíssimo e à sombra do Onipotente, pois confiam nEle.

APLICAÇÃO

Muitos não entendem quando um filho de Deus que passa por momentos difíceis ao ouvir a pergunta: “Como estás?” e ele responde: “Estou bem”. Como bem? Mas, isto é verdade. 

Pois, apesar das dificuldades ele tem a segurança da proteção de Deus; a garantia do livramento das dificuldades; a certeza da fidelidade contínua de Deus; o consolo de que os inimigos que provocam o seu sofrimento receberão do Altíssimo Onipotente a paga pelos seus atos contra ele.

Mesmo que as arapucas desses inimigos (sejam físicos, espirituais ou humanos) tentem nos prender ou destruir, o Altíssimo nos livrará (3). Mas, para que isso aconteça precisamos nos aconchegar no esconderijo do altíssimo. 

Quando estamos neste lugar, tudo parece fácil, resolvido; as tentações do inimigo não nos seduzem; o pecado não tem domínio sobre nós.

O Senhor garante proteção dia e noite. E quando se levantarem contra nós, não importa se poucas ou muitas; se grandes ou pequenas; se humanas ou espirituais. Nada nos atingirá. Simplesmente veremos Deus agir em nossa defesa (8). Louvado seja Deus!

ORAÇÃO




sexta-feira, 24 de julho de 2015

EBD
 

Teologia do Culto -

 Lição 10

DEFININDO TERMOS

6. SAGRADO E PROFANO - 2ª Parte

Nos Salmos 150 está registrado a presença de instrumentos de sopro, percussão, cordas, e outros. Estes instrumentos foram usados por servos de Deus que empregaram todos os seus dons e talentos para a glória de Deus. 1 Crônicas 16: 5-6 diz que aqui o culto a Deus foi realizado com instrumentos musicais.
O que torna um instrumento sagrado ou profano não é a procedência (em que loja foi comprado), ou o tipo (um tambor, um reco-reco, um órgão). O que vai tornar o louvor e adoração, pela música, profano ou sagrado não é o instrumento que está sendo usado e sim a pessoa que o está usando.
Exemplo: os grupos Sepultura e Logos usam instrumentos parecidos. Provavelmente comprados na mesma loja. Existem pessoas que não se consagraram e não se separaram para cultuar diante de Deus. Pessoas cuja vida está em desordem, em pecado (Is 59:2).
Mas são pessoas que sabem tocar, cantar, dançar bem e por isto foram escolhidas para fazer parte deste ministério na igreja. Elas fazem isto na sua própria sabedoria e força. Estas são pessoas espiritualmente impróprias para tais atividades. “É perigoso para um artista fazer a obra que Deus o incumbiu de fazer separado Dele.” (NOLAND, 2007, 258).
Dois exemplos de culto não recebido por causa da falta de consagração dos cultuantes:
1. Nadabe e Abiú eram filhos de Arão, o Sumo Sacerdote e morreram por oferecer “fogo estranho” diante de Deus (Lv 10:1-8).
2. Caim – não foi aceito porque suas obras eram más. (Gn 4:3-7)
O que torna este momento sacro ou profano é a forma como a nossa vida está diante de Deus. É pecado trazer ao Senhor qualquer coisa que não proceda de uma vida reta. Isto inclui o louvor e adoração através da música ou quaisquer outras atividades cúlticas.
Não levar o cultuar a sério é fazer o trabalho do Senhor relaxadamente. “Maldito o que faz o trabalho do Senhor relaxadamente (Jr.48:10)”. Fazendo o trabalho do Senhor desta forma, será considerado “maldito” profano e se for feito assim este trabalho não poderá ser abençoado (sacro) e nem trazer bênçãos para outras vidas.
Só será sagrado se for o resultado de uma vida viva, santa e agradável a Deus (Rm 12.1,2). É isto o que Deus quer dos seus verdadeiros adoradores. “O culto cristão não deve ser profanado, mas oferecido com reverência e temor.” (Adoração e Louvor, 2001, p.8). Profaná-lo traz sérias consequências (Hb 10.28-31). Hebreus 12.28-29 mostra como deve ser nossa adoração a Deus – com reverência e temor.
O Manual Bíblico define temor como sendo: “Grande reverência e respeito por Deus, expressos em obediência e dependência de Deus, e rejeição deliberada do mal.” É assim que Deus quer ser cultuado.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

EBD - 


Teologia do Culto - Lição 9

DEFININDO TERMOS

6. SAGRADO E PROFANO - 1ª Parte

O Novo Dicionário Aurélio define SAGRADO como sendo aquele “Que se sagrou ou que recebeu a consagração. Concernente às coisas divinas, à religião, aos ritos ou ao culto; sacro, santo. Inviolável, puríssimo, santo, sacrossanto.

” E PROFANO como “Não pertencente à religião. Contrário ao respeito devido a coisas sagradas. Não sagrado. Secular, leigo.”

A cristandade evangélica, preocupada em conservar as tradições mais do que a vida cristã, corre o risco de impedir que a igreja consiga se comunicar com as diferentes gerações. Os mais idosos vão querer mantê-la para se preservar, enquanto os jovens vão tentar suplantá-la.

Criando, assim, dois grupos divergentes no mesmo espaço. “Quando a maneira de se cultuar limita-se a conservar a tradição, ou a imitar sem qualquer reflexão capaz de responder o porquê de fazê-lo de determinada maneira, pode-se perder o propósito.” (BATISTA, 2011, 55).

Existem cristãos que são contra a inclusão de alguns instrumentos na igreja por acreditarem que são profanos. Logo o louvor e adoração através da música não serão aceitos por Deus. Na Bíblia, o patrono dos que tocam harpa e flauta é Jubal, (Gn 4:19-24) bisneto de Caim, filho de Lameque um homem iracundo e mais violento do que Caim.

“Os instrumentos musicais numa primeira vista surgem num contexto “distante” de Deus e em meio à malignidade humana.” (BATISTA, 2011, 55). Isto não significa que a origem dos instrumentos é maligna. Mais tarde Davi usava a harpa para tocar e compor belas canções, contidas no Saltério, hoje muito utilizada pelas congregações cristãs.
CONTINUA ...

terça-feira, 21 de julho de 2015

141ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 91 

 Amuleto

O salmo 91 é um dos mais conhecidos, lidos, ou recitados. Quando as pessoas se sentem em situação de risco logo o recitam. 

Em muitas casas brasileiras tem pelo menos uma Bíblia e destas, muitas estão em uma estante aberta no Salmo 91 como um amuleto. 

Mesmo que ele não seja lido, as famílias mantêm a Bíblia aberta no salmo para que ele “proteja” sua casa e suas vidas.

O salmista mostra que o salmo retrata a proteção de Deus sim. Mas, para aqueles que buscam refúgio em Seu esconderijo e descansam a sombra do Onipotente. 

É isto o que garante a proteção divina e não deixar a Bíblia aberta no Salmo 91 ou pendurar um quadro na parede com o conteúdo dele, mas que não tem a menor noção do que ele significa.

APLICAÇÃO

Vivemos em um país onde se encontra religiões para todos os gostos. Muitas das pessoas que aderem a uma delas habitam totalmente nas trevas, longe de Deus. Outras se contentam em viver nos “átrios” que é a parte externa do lugar Santo e Santíssimo, um pouco afastado de Deus. 

Mas, há aqueles que não querem menos do que a comunhão verdadeira com Deus. Até mesmo os “sem religião” se juntam com os citados acima e mantêm em suas casas este Salmo como um amuleto, apesar de não terem a menor noção do que ele significa, até porque muitos nunca o leram.

Buscam o Salmo como proteção, mas não querem o Senhor Onipotente que o Salmo se refere como seu Senhor e Protetor.

O esconderijo do Altíssimo e a sombra do Todo-Poderoso é somente para aqueles que conhecem a Deus, que são filhos de Deus, que têm um relacionamento de intimidade com Ele através da oração, comunhão e obediência à Sua Palavra. 

Não é o Salmo que protege, mas o fato de está sob a proteção do Deus-Protetor.

ORAÇÃO



segunda-feira, 20 de julho de 2015

140ª 

REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 90 - 3ª Parte 

 Confirma as obras das nossas mãos!

No salmo 90 Moisés, também, percebe que além da vida ser curta, o homem vive em um lugar contaminado pelo pecado, consequentemente sob a ira de Deus. Moisés ora pedindo a misericórdia de Deus.

Também pede para ter “compaixão dos teus servos” (13). Lembra-se do sofrimento que Seu povo, como escravo no Egito por 400 anos, passou e diz: “Dá-nos alegria pelo tempo que nos afligiste” (15).
Pede para que a bondade e bênção de Deus estejam sobre eles confirmando as obras de sua mão (17).

Aplicação

Vivemos em um mundo dominado pelo pecado. Cada um fazendo o que lhe agrada sem prestar contas para ninguém. Mesmo os filhos de Deus são contaminados por estas práticas pecaminosas como se não precisassem fazer isto diante de Deus.

Mas, nos esquecemos de que a ira de Deus também se abate sobre os seus filhos que O ofendem com seus pecados. E a única forma de ser poupado disto é ter um coração sábio que reconheça a vontade de Deus para si e viva dentro dela.

Com isso receberemos a bondade de Deus e aquilo que fizermos será confirmado pelo Senhor. As obras das nossas mãos serão abençoadas e consolidadas por aquele que nos chamou para realiza-las em prol do Seu Reino.

Para que façamos esta oração precisamos, antes, ter certeza de que o Senhor se agrada da nossa maneira de vida. Que não somos como aqueles que estão sob a ira de Deus.

ORAÇÃO
EBD - Teologia do Culto - Lição 8

DEFININDO TERMOS
5. MINISTÉRIO DE MÚSICA - Parte 2



Função do Ministério de Música

Em várias ocasiões já ouvi o “ministro” de música dizer: “cantem forte que Deus gosta”! “Peço que todos fiquem de pé”!. E se houver alguém que não pude ficar em pé ou cantar alto? 

Deus não aceitará o seu louvor? Muitos, por limites não podem obedecer estas manipulações e acabam ouvindo: “se não quer participar do culto, porque veio aqui?” 

Muitas vezes quem está sentado e de cabeça baixa (orando ou chorando ou refletindo sobre sua vida) está adorando muito mais do que os que gritam, pulam, gesticulam em obediência ao dirigente. Ministérios que agem assim correm o risco de passar para a congregação a ideia de que só há uma forma de adora a Deus – a sua. Deus olha mais para o estado espiritual do adorador do que para a forma como ele o faz.

A sinceridade e o zelo passional, somados à ideia de um padrão divino podem levar alguns à disputa sobre quem adora da maneira certa, ou quem tem a revelação do único jeito que Deus deseja. Este entendimento faz das diferenças, um fator de exclusão e não de fraternidade. Valor requerido na adoração comunitária. (BATISTA, 2011, 22).

Em João 4:19-24 fica clara a ideia de que Deus não está preocupado com formas, lugares, posições ou quaisquer outras manifestações externas de cultuar (4:20). Mas com o estado espiritual do adorador (4:23,24). Qual, então a função do ministério de música? Quando este ministério adora em espírito e em verdade, toda a congregação é motivada a adorar assim também. 

Não é manipulando ou dando bronca na congregação que não responde aos seus apelos que ele vai conseguir fazer com que adorem em espírito e verdade. Levar a congregação à adoração é função do Espírito Santo e não do homem. O homem precisa entender que ele é apenas um instrumento que pode ser usado, se se colocar da forma certa nas mãos de Deus.

É comum se ouvir que o ministério de música tem a responsabilidade de levar a igreja a adora a Deus. “Ministrar o louvor não tem a premissa de motivar as pessoas a louvar, e sim de dedicar o louvor para Deus. Há um enorme perigo dos cultos necessitarem de animadores e não de ministro – servo.” (BATISTA, 2011, 50). É possível o ministério de música executar seu serviço sem, contudo, está fazendo para Deus. “Fazemos música sem Deus, ou fazemos arte cristã sem estarmos intimamente conectados com Cristo.” (NOLAND, 2007, 259).

A competência de levar a igreja a cultuar é do Espírito Santo. Não haverá culto verdadeiro se ele não for dirigido pelo Espírito Santo. Paulo mostra sua importância no culto quando diz: “nós que adoramos pelo Espírito de Deus” (Fp 3:3). Adorar pelo Espírito de Deus implica rejeitar toda confiança na carne. 1 Timóteo 2:5 diz: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus”. 

O único capaz de mediar qualquer coisa inclusive o louvor e adoração entre o homem adorador e o Deus adorado é Cristo. Nem dirigente de culto, nem ministério de música, nem a própria igreja poderá fazer esta mediação. [...] O dirigente (é) apenas um receptáculo do dom de Deus, que ocupa uma função, pois afinal um tem salmo, outro hino ...” (BATISTA, 2011, 137) ou outra função qualquer durante o culto.

O ministério de música trazer para si esta responsabilidade é tentar se colocar no lugar do Espírito Santo. A função deste ministério é servir através da música, adorar, em espírito e em verdade com o seu serviço, oferecer a Deus a mais elevada homenagem através da música. A resposta da congregação será fazer o mesmo em louvor e adoração também em espírito e em verdade.


sexta-feira, 17 de julho de 2015

139ª 


REFLEXÕES EM SALMOS

SALMO 90 – Parte 2

 SABEDORIA DIVINA

Moisés, autor deste salmo, nos seus primeiros 40 anos foi instruído no que havia de melhor em sabedoria humana. Mas não foi muito sábio quando matou um egípcio, apesar dele naquele momento, achar que fora uma decisão inteligente. Fugiu para o deserto de Midiã e lá, por mais 40 anos passou pela escola de Deus que o estava preparando para a grande missão de levar Seu povo do Egito para Canaã.  

Apesar de ter recebido uma boa base educacional, reconhece que não foi suficiente para conduzir sua vida com sabedoria. Agora busca um ensinamento que não seria possível adquirir nas escolas por onde passou, pois esta sabedoria só é encontrada em Deus. Por isso sua oração “Ensina-nos a contar nossos dias para que alcancemos corações sábios” (12). Aqui Moisés aponta o caminho e a fonte onde se encontrar a verdadeira e duradoura sabedoria. Não a sabedoria teórica encontrada nas escolas e livros, mas a que se encontra na vivência com Deus.

APLICAÇÃO

Muitos de nós temos acesso a educação escolar que nos habilita para enfrentarmos o mercado de trabalho ou outras situações da vida. Muitos de nós vivemos a vida inteira pautados nesta sabedoria humana, tomamos nossas decisões baseadas nelas. Por vezes cometemos erros achando que naquele momento, era o ato mais inteligente e só depois reconhecemos que aquilo pode nos prejudicar para o resto de nossas vidas.

Moisés pede a Deus uma sabedoria que lhe ajude a programar o restante de sua vida para que não faça mais besteiras, mas que a conduza de forma que alcance um coração sábio. Apesar deste salmo ter sido escrito mais de 1460 a.C., é uma lição para nós nos dias atuais. Hoje, precisamos parar um pouco e refletir sobre como tem sido nossos dias até aqui. Ainda dá pra mudar alguma coisa? Certamente que sim. Não uma mudança baseada em nossa própria sabedoria, mas buscando de Deus a Sua sabedoria para nos ajudar em nossa caminhada restante aqui na terra.


Busquemos a sabedoria que nos ajudará a fazermos o que foi, previamente escrito no livro de Deus sobre o que Ele queria para nós (Sl 139:16). Certamente Deus escreveu uma linda história para nós. E é isto o que precisamos buscar conhecer do Senhor para vivermos exatamente como Ele quer. Talvez não seja o que nossa mente limitada deseja para nós. Mas o que Deus já preparou. Pois sua vontade é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2). 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

138ª
 
 REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 90 - 1ª Parte 

“Ensina-nos ...”

Este foi o primeiro salmo composto e é de autoria de Moisés. Nele Moisés faz uma comparação entre a eternidade de Deus e a brevidade do ser humano que é comparado com a relva que brota pela manhã, mas a noite já secou (1-5).

Já beirando os 80 anos, certamente relembra sua vida passada, o que aprendeu no Egito e o que desaprendeu deste conhecimento, agora no deserto. Certamente sentindo culpa por algo que fizera de errado e não entendendo o seu sofrimento no presente, acha que tudo é devido a ira de Deus que se abate sobre ele. O que Moisés não entendia era que Deus estava lhe ensinado lições preciosas para os seus próximos 40 anos.

Moisés percebe que compara a eternidade de Deus o homem vive pouquíssimo e ao passar dos 80 anos eles se tornam mais difíceis. Por isso, Moisés pede para Deus: “Ensina-nos contar nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (12).

APLICAÇÃO

Olhando para traz, para os dias que já se foram, percebemos que perdemos muitas oportunidades que nos foram dadas. Percebemos que gastamos esse precioso e curto tempo nos preocupando com coisinhas. Envolvemo-nos em picuinhas dando vida a coisas sem importância. Ou seja, não soubemos aproveitar o tempo, que nos foi dado, de maneira sábia.

Mas, ainda há tempo para revermos nossas atitudes em relação a isto e mudarmos. E esta mudança deve ser o resultado de nossa oração: “Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (12). Sabedoria para não usarmos o tempo que nos resta nas coisas erradas.

Procuremos, em nossa vida, o que precisamos fazer mais e o que precisamos fazer menos. O que precisamos fazer e o que precisamos deixar de fazer. Os verdadeiros sábios são os que temem a Deus (Pv 1:7). Que o Senhor nos dê um coração sábio para fazermos Sua vontade.







terça-feira, 14 de julho de 2015

EBD - Teologia no Culto - Lição 5



4.    SALMOS, HINOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS – (Col. 3:16; Ef 5:18-19)
Existem várias interpretações para definir “Salmos, Hinos e Cânticos Espirituais”. Guilherme Kerr,  Miguel Levy entre outros concordam que:

  Salmos - É o livro que contem os cânticos do Israel antigo também conhecido como Saltério[1].
·         Exemplo: Salmos 1- “Bem Aventurado o homem que não anda ...”

  Hinos – São cânticos que demonstram nosso louvor, adoração, honra e respeito a Deus. São direcionados a Deus e falam de seus atributos. Miguel Levy (44) diz que Hinos são canções religiosas usadas para ensinar a igreja sobre Deus.
·         Exemplo: O Cântico de Moisés em Deuteronômio 32.

  Cânticos Espirituais – São poemas cantados “tratando de temas não diretamente relacionados com o louvor a Deus ou a Cristo” (HENDRIKSEN, 2005, 286). Guilherme Kerr diz que são cânticos que dão testemunho de nossa vida, como tem sido nossa experiência com Deus. São expressões particulares de gratidão a Deus pelo que Ele tem feito em nós e para nós. O Espírito Santo nos inspira a contar isto em forma de canção.·      

   Exemplo: “Meu coração se enche de gozo
      Quando penso no que Deus tem feito em mim e por mim.
     Quando penso no que Ele fará para mim ...”

“Enquanto os Salmos são mais uma celebração a Deus, hinos tratam de temas duradouros, verdades eternas”, os cânticos espirituais refletem a atitude de um coração que está voltado para Deus. (Levy, 44).

Dennis Allan analisando Col. 3:16; Ef 5:18-19 conclui dizendo que “É importante observar o destaque nestes versículos numa mensagem que vem de dentro para fora. Cantamos para agradar a Deus e para edificar os outros. 

Enquanto recebemos os benefícios de crescimento espiritual (enchendo-nos do Espírito), o foco está no louvor e na edificação e não na diversão ou prazer próprio.”

“Os cânticos não são louvores em si mesmos. São meros veículos através dos quais podemos expressar o nosso louvor. É bem possível cantarmos muitos hinos e cânticos sem expressarmos nenhum louvor verdadeiro”.[2]



[1] Volume contendo o Livro dos Salmos e textos devocionais, como o calendário litúrgico e a Litania (orações em forma de ladainha) dos Santos.
137ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 89 

 Temos Um REI!

Etã era descendente de Merari, filho de Levi. Ele foi designado por Davi para fazer parte do grupo de música no Templo. 

Este salmo composto por ele é um cântico que reflete a aliança de Deus com Davi com a promessa de que seu reinado seria eterno. O salmista canta a história desse relacionamento entre Deus e Seus filhos (1-37).

Mas, de repente o tom muda e ele passa a acusar Deus de ter quebrado a promessa com Davi (38-51). Não estava entendendo o que acontecera. O trono de Davi ruiu, os muros foram derrubados, o povo levado cativo pelos inimigos, os israelitas foram espalhados. Então pergunta: “Até quando? (46).

Etã, no final do salmo reconhece que, apesar do que estava passando, entende que Deus há de cumprir, não sabe como, e nem quando sua promessa. Então irrompe  em profunda adoração dizendo: “Bendito seja o Senhor para sempre! Amém e amém! (52)

APLICAÇÃO

Realmente, Deus quebrou a aliança com Davi? Não. Deus suspendeu, temporariamente, a aliança com Davi para oferecer a salvação às demais nações. Aleluia!!! Amém e amém!!!

O cumprimento final da promessa de Deus a Davi se dá com o nascimento de Cristo. Cristo filho de Maria casada com José, que descende do rei Davi filho de Jessé, que descende de Judá filho de Jacó, filho de Isaque, filho de Abraão (Mt 1:1-17). O reinado eterno de Davi se cumpre em Cristo. Deus não foi infiel à sua promessa (At 13:34).


Hoje fazemos parte da eterna e nova aliança pela graça e misericórdia de Deus em Jesus Cristo (1 Pe 2:9,10). Então só nos resta fazer o mesmo que Etã e dizer: “Bendito seja o Senhor para sempre! Amém e amém! (52). Nossa oração deve ser de esperança pela vinda gloriosa do nosso eterno Rei Jesus.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

136ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 88 – 2ª Parte  

Uma mola no fundo do Poço

Este é o salmo mais sombrio de toda a Bíblia. Nele o salmista faz um lamento causado pela mahalath Leannth (uma doença que provoca grande aflição, possivelmente a depressão que conhecemos hoje). Apesar desta enfermidade a fé de Hemã resiste. 

Então busca ajuda no único que pode socorrê-lo: “Ó Senhor, Deus que me salva, a ti clamo dia e noite” (1). Sua esperança é que Ele se levante em seu socorro.

Por vezes Hemã se sente solitário, sem amigos que poderiam ajuda-lo (8, 18), mas eles não aparecem. Até Deus é acusado de tê-lo abandonado. Mas, mesmo assim, não desiste e clama pela Sua ajuda.

APLICAÇÃO

Situações acontecem em nossa vida que nos levam sentir como se Deus nos abandonara ou estivesse irado conosco. Isto, devido ao estado de tristeza em que nos encontramos. Buscamos alguém que nos ajude, mas nem mesmo os que se dizem amigos aparecem.

O mundo parece ruir. Os problemas são vistos com lente de aumento. Não há luz no fim do túnel. Na verdade nem vemos um túnel. O poço em que nos encontramos é por demais profundo. Definitivamente, não há saída, não há esperança para nós. Nossa única solução é reconhecer e dizer: “Ó Senhor, Deus que me salva, a ti clamo dia e noite” (1,13).

Em João 15:5 diz: “Sem mim nada podeis fazer”. Nem mesmo enfrentar um estado de profunda depressão. Aí Ele entra em ação, vem em nosso socorro e nos mostra o caminho da cura.
Quando entendemos que não há solução fora de Deus e o buscamos, nossos olhos se abrem e vemos que no fundo do poço tem uma mola e que podemos nos utilizar dela a fim de sairmos deste estado depressivo para um novo começo. Só que agora, com Deus como nosso parceiro.



EBD - Teologia no Culto 

 LIÇÃO 4

DEFININDO TERMOS

3.  Adoração

O termo adorar tem vários significados. No português adorar, também, significa “amar profundamente” (seu dinheiro, carro, bens, alguém). 

Outro desdobramento do significado de adorar é “ter grande apreço por algo ou alguém”. E em uso mais popular ainda significa “gostar muito”. Exemplo: adoro orquídeas!

O vocábulo adoração deriva da palavra em latim adorare, que etimologicamente vem a ser “falar com”. O dicionário define seu significado como “ato de adorar; culto a Deus; amor profundo”. É render culto a Deus, coisas ou pessoas considerados como sendo santos. É prostrar-se diante de algo em “sinal de reconhecimento, rezar, idolatrar, amar apaixonadamente”.[1]
1.      
2.    O Novo Dicionário Aurélio define como sendo: “render culto a; ato de adorar; reverenciar, venerar, amar extremosamente.” Biblicamente falando, só se pode adorar a Deus (Dt 11:16; Êxodo 20:4,5; Levítico 26:1; Isaías 42:8, Mt 4:10). 

Pois, Deus é muito claro ao reivindicar adoração somente a Si.” A adoração, diferentemente do louvor, não pode ser dirigida a nada e nem ninguém a não ser Deus. Ou isto se constituirá idolatria (Êx 20:3-5).

 Adorar a Deus é dar valor supremo. Nada deve estar acima Dele. Deus é adorado por aquilo que Ele é. Não se pode adorar quem não se conhece. E para se adorar a Deus é necessário conhecer seu caráter, seus atributos: Exemplo: Deus é fiel, Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso, (Salmos 96:9; Apocalipse 4:8-11; 7:11-12; 11:16-17).

Adoração está muito ligada ao relacionamento do adorador com Deus. Não apenas saber quem Deus é. Mas, reconhecer quem Deus é em sua própria vida. Exemplo: como Deus tem sido “protetor, amor, misericordioso” para mim? Adoração é uma resposta do coração do adorador ao Deus adorado.

Adoração não é igual a música. Nós podemos adorar a Deus através da oração, do testemunho falado mostrando quem Deus tem sido em nossa vida. Mas, também, podemos adorá-lo através da música. O que define se a música é de adoração não é o seu ritmo lento, melancólico ou em tom menor, mas o conteúdo de sua composição. Se ela retrata quem Deus é, se fala sobre o caráter de Deus, a música poderá ser caracterizada como música de adoração.

Louvor e adoração estão mais ligados a culto do que a música. A música é uma das várias expressões de louvor e adoração.