segunda-feira, 23 de maio de 2016

AICEB: Uma História de Amor.(Livro em construção)


2 – ESTABELECIMENTO - CONTINUAÇÃO...

2.1         Reforço Missionário
Por aquele tempo trabalhavam no Maranhão missionários vindos de várias partes do mundo. Esses missionários haviam aprendido preciosas lições com Perrin Smith, através de suas viagens, suas instruções consistentes, suas mensagens fervorosas e seus esforços incansáveis em pregar Cristo nas regiões dominadas por bruxarias e paganismo. 
Às vezes Smith era violentamente acometido por malária, outras vezes ficava acamado entre a vida e a morte em lugares isolados no sertão. Sem médicos ou hospitais, esse evangelista pioneiro era carinhosamente cuidado pelos crentes. Assim que ele se recuperava, prosseguia em sua missão. 
Essa dedicação e verdadeira abnegação que praticava, inspirava os missionários jovens e inexperientes que nele viam um exemplo patente do amor de Cristo. Ele foi o guia desses missionários em seus primeiros passos aqui e conselheiro fiel em tempos de dificuldades.
Em 1923 chegam os primeiros missionários vindos da Inglaterra e Austrália com o objetivo de trabalhar com os indígenas do Maranhão e Amazonas. Em 1924, chegaram Leonardo Bland, Alexandre Hutcheson, Normando Lang e Carlos Knight, os quatro primeiros missionários enviados pela Worldwide Evangelization Crusade (WEC), com sede em Londres, para ajudar no trabalho missionário entre os índios. 
Em 1926, chegou a São Luis, Henrique Heath, vindo da Inglaterra, demorando ali alguns meses com o objetivo de conhecer a língua portuguesa. Depois deste tempo, viajou para Barra do Corda, onde faria seu estágio com Perrin Smith, antes de entrar na aldeia onde já trabalhava Frederick Roberts desde 1924.
Em 1927, chegaram da Austrália, Donald e Vera Montieth. Em 1928, veio do Canadá George Thomas para desenvolver o mesmo trabalho entre os guajajara em Barra do Corda. Em 1928 chegaram da Inglaterra David e Eva Mills. 
Em 1929, chegaram do país de Gales Myrddin Thomas para fortalecer o grupo dos missionários entre os indígenas no Brasil. Seu primeiro campo foi com os guajajara em Barra do Corda, sob orientação de Ernest Wootton. Depois serviu como pastor da Igreja em Barra do Corda e mais tarde como professor no Instituto Bíblico do Maranhão, ali localizado.
Em 1929, a missionária Eva Mills, que já estava há um ano no Brasil, juntamente com voluntários nacionais, se preparam para deixar Imperatriz, cidade do interior do Maranhão, onde residiam e seguir por estreitos caminhos até as aldeias indígenas próximas dali onde pretendiam anunciar o evangelho. Há muito, vinham orando pela salvação daquele povo.
Em 1931 chegaram dos Estados Unidos missionários enviados pela Unevangelized Fields Mission (UFM). O objetivo principal destes missionários era desenvolver um trabalho evangelístico com os índios do Maranhão e Região Amazônica.
Dali para frente muitos outros missionários, vindos de outras partes do mundo chegaram a Barra do Corda com o objetivo de trabalhar com os índios brasileiros, outros para dar assistência às igrejas já organizadas e outros se dedicaram ao evangelismo com o objetivo de fundar novas igrejas. 
“Eles se deslocaram de seus lugares de origem, trazendo-nos as boas notícias do amor de Deus. Este amor expresso dessa forma a nosso favor, tornou-se com o tempo em grande bênção para nós, para nossos filhos, e para aqueles que mais facilmente terão contato com o Evangelho.”, (EKSTROM, 1998).  Hoje, a grande maioria dos brasileiros tem acesso às verdades do Evangelho e muitos já experimentaram o seu poder transformador. Muitos destes missionários enfrentaram situações bem difíceis e algum, até fatais por causa de doenças tropicais e índios selvagens e violentos.

Durante a 2ª Guerra Mundial
Mudanças ocorreram no ministério destes missionários por causa da 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945). Os que trabalhavam nas aldeias indígenas foram obrigados a sair de lá porque o Governo não mais permitia que missionários estrangeiros, morassem nas aldeias. Então, a Missão os tirou de lá e os enviou para cuidar de igrejas no interior do Maranhão, Piauí e Pará. Até então os missionários tinham se dedicado ao trabalho indígena e em pequenos lugarejos do interior do Maranhão. 
Agora, forçados pela atual situação foram para lugares maiores, inclusive Belém onde foi plantada a Igreja em Cremação em 1944. Deus estava mudando, estrategicamente, o rumo do trabalho desses missionários. Com isto, muitas outras igrejas nas cidades foram plantadas. Depois de um tempo, puderam retornar e continuar o trabalho de evangelização indígena. Como fruto da plantação destas igrejas, obreiros nacionais foram sendo despertados para dedicarem sua vida ao ministério, também, entre os indígenas.
Myrddin Thomas, que por muito tempo pastoreou a igreja em Pedreiras – MA, foi transferido para Teresina – PI, com o objetivo de evangelizar outras cidades do Estado. Ali foi muito perseguido pela Igreja Católica, mas não se deixou intimidar com isto. Deste trabalho nasceu a Igreja em Parnaíba.

Em 1945, com a chegada de novos missionários estrangeiros e muitos obreiros nacionais sendo formados pelo Instituto Bíblico do Maranhão (IBM) e entrado no ministério, viu a Missão que pela frente tinha um grande desafio: expandir suas fronteiras

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