AICEB: Uma História de Amor.(Livro em construção)
2 – ESTABELECIMENTO - CONTINUAÇÃO...
2.1
Reforço
Missionário
Por
aquele tempo trabalhavam no Maranhão missionários vindos de várias partes do
mundo. Esses missionários haviam aprendido preciosas lições com Perrin Smith,
através de suas viagens, suas instruções consistentes, suas mensagens
fervorosas e seus esforços incansáveis em pregar Cristo nas regiões dominadas
por bruxarias e paganismo.
Às vezes Smith era violentamente acometido por
malária, outras vezes ficava acamado entre a vida e a morte em lugares isolados
no sertão. Sem médicos ou hospitais, esse evangelista pioneiro era
carinhosamente cuidado pelos crentes. Assim que ele se recuperava, prosseguia
em sua missão.
Essa dedicação e verdadeira abnegação que praticava, inspirava
os missionários jovens e inexperientes que nele viam um exemplo patente do amor
de Cristo. Ele foi o guia desses missionários em seus primeiros passos aqui e
conselheiro fiel em tempos de dificuldades.
Em
1923 chegam os primeiros missionários vindos da Inglaterra e Austrália com o
objetivo de trabalhar com os indígenas do Maranhão e Amazonas. Em 1924,
chegaram Leonardo Bland, Alexandre Hutcheson, Normando Lang e Carlos Knight, os
quatro primeiros missionários enviados pela Worldwide Evangelization Crusade
(WEC), com sede em Londres, para ajudar no trabalho missionário entre os
índios.
Em 1926, chegou a São Luis, Henrique Heath, vindo da Inglaterra,
demorando ali alguns meses com o objetivo de conhecer a língua portuguesa.
Depois deste tempo, viajou para Barra do Corda, onde faria seu estágio com
Perrin Smith, antes de entrar na aldeia onde já trabalhava Frederick Roberts
desde 1924.
Em 1927, chegaram da
Austrália, Donald e Vera Montieth. Em 1928, veio do Canadá George Thomas para
desenvolver o mesmo trabalho entre os guajajara em Barra do Corda. Em 1928 chegaram
da Inglaterra David e Eva Mills.
Em 1929, chegaram do país de Gales Myrddin
Thomas para fortalecer o grupo dos missionários entre os indígenas no Brasil.
Seu primeiro campo foi com os guajajara em Barra do Corda, sob orientação de
Ernest Wootton. Depois serviu como pastor da Igreja em Barra do Corda e mais
tarde como professor no Instituto Bíblico do Maranhão, ali localizado.
Em 1929, a missionária Eva Mills, que já
estava há um ano no Brasil, juntamente com voluntários nacionais, se preparam
para deixar Imperatriz, cidade do interior do Maranhão, onde residiam e seguir
por estreitos caminhos até as aldeias indígenas próximas dali onde pretendiam
anunciar o evangelho. Há muito, vinham orando pela salvação daquele povo.
Em 1931 chegaram dos Estados Unidos missionários enviados pela
Unevangelized Fields Mission (UFM). O objetivo principal destes missionários
era desenvolver um trabalho evangelístico com os índios do Maranhão e Região
Amazônica.
Dali para frente muitos outros missionários, vindos de outras partes do
mundo chegaram a Barra do Corda com o objetivo de trabalhar com os índios
brasileiros, outros para dar assistência às igrejas já organizadas e outros se
dedicaram ao evangelismo com o objetivo de fundar novas igrejas.
“Eles se deslocaram de seus lugares de
origem, trazendo-nos as boas notícias do amor de Deus. Este amor expresso dessa
forma a nosso favor, tornou-se com o tempo em grande bênção para nós, para
nossos filhos, e para aqueles que mais facilmente terão contato com o
Evangelho.”, (EKSTROM, 1998). Hoje, a
grande maioria dos brasileiros tem acesso às verdades do Evangelho e muitos já
experimentaram o seu poder transformador. Muitos destes missionários
enfrentaram situações bem difíceis e algum, até fatais por causa de doenças
tropicais e índios selvagens e violentos.
Durante a 2ª Guerra Mundial
Mudanças ocorreram no ministério destes missionários por causa da 2ª
Guerra Mundial (1939 – 1945). Os que trabalhavam nas aldeias indígenas foram
obrigados a sair de lá porque o Governo não mais permitia que missionários
estrangeiros, morassem nas aldeias. Então, a Missão os tirou de lá e os enviou
para cuidar de igrejas no interior do Maranhão, Piauí e Pará. Até então os
missionários tinham se dedicado ao trabalho indígena e em pequenos lugarejos do
interior do Maranhão.
Agora, forçados pela atual situação foram para lugares
maiores, inclusive Belém onde foi plantada a Igreja em Cremação em 1944. Deus
estava mudando, estrategicamente, o rumo do trabalho desses missionários. Com
isto, muitas outras igrejas nas cidades foram plantadas. Depois de um tempo,
puderam retornar e continuar o trabalho de evangelização indígena. Como fruto
da plantação destas igrejas, obreiros nacionais foram sendo despertados para
dedicarem sua vida ao ministério, também, entre os indígenas.
Myrddin Thomas, que por muito tempo pastoreou a igreja em Pedreiras –
MA, foi transferido para Teresina – PI, com o objetivo de evangelizar outras
cidades do Estado. Ali foi muito perseguido pela Igreja Católica, mas não se
deixou intimidar com isto. Deste trabalho nasceu a Igreja em Parnaíba.
Em 1945, com a chegada de novos missionários
estrangeiros e muitos obreiros nacionais sendo formados pelo Instituto Bíblico
do Maranhão (IBM) e entrado no ministério, viu a Missão que pela frente tinha
um grande desafio: expandir suas fronteiras
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