AICEB: Uma História de Amor.
(Livro em construção)
2 –
ESTABELECIMENTO - CONTINUAÇÃO...
2.3
Nasce
a Igreja Cristã Evangélica
Através do trabalho destes abnegados missionários
estrangeiros foram sendo preparados líderes nacionais que muito contribuíram
para a formação de novas igrejas em vários povoados ao redor de Barra do Corda
e demais cidades do Maranhão e de outros Estados da região Norte e Nordeste.
Mas estas igrejas não pertenciam a nenhuma denominação. A Igreja em Colinas -
Ma, por exemplo, era chamada de Igreja Cristã. Quando Perrin Smith assumiu o
trabalho em Barra do Corda e, provavelmente tendo raízes Batista, passou a
chamá-la de Igreja Batista Livre. Eram Batistas na prática, mas não pertenciam
oficialmente, a nenhuma denominação. Os que pertenciam a este grupo diziam ser
apenas cristãos.
Em 1928, vindo da Irlanda, chegou a Barra do Corda,
o missionário George Stears que veio para auxiliar Perrin Smith na assistência
a igreja deixando-o mais livre para as viagens missionária. George Stears se
dedicou a administração da igreja dando ênfase na organização da mesma. “Promovia
reuniões em sua casa, organizando grupos de jovens, senhoras e crianças.”
(SILVA, 1994, p.19).
Mais tarde George Stears assumiu definitivamente o
pastorado daquele rebanho. Também, trabalhou na elaboração dos Estatutos e
organização das igrejas. Em 1932, reuniu todos os membros da Igreja para
ponderar sobre qual nome definiria melhor o rumo que queriam seguir. E foi
neste período que a congregação tomou a decisão de ter um lugar definitivo para
as reuniões. Começaram as arrecadações para a compra do terreno e construção do
Templo. No dia 13 de dezembro de 1933 foi inaugurado o templo e organizada a
igreja, com o nome de Igreja Cristã em Barra do Corda, localizada à Rua Arão
Brito, 490.
Com a
instalação do Instituto Bíblico em Barra do Corda no dia 20 de abril de 1936,
muitas pessoas foram atraídas para estudar lá. No período de férias os
estudantes eram destacados para estágios e muito ajudavam na evangelização do
campo. Isto fazia com que os grupos existentes tivessem um considerável impulso
no desenvolvimento. Mas, não havia nenhuma forma definida de governo ou regime
que pudesse uni-las como sistema eclesiástico. Por esta razão outras
denominações atraíam e canalizavam grande parte dos frutos para as suas
Igrejas.
Sentindo
este e outros problemas, os ex-estudantes do Instituto Bíblico que já estavam
dirigindo igrejas, observaram diferenças nas doutrinas ensinadas em vários
grupos. Sentiram também a necessidade de mais conformidade entre elas e
unanimidade na forma de governo das igrejas. Estavam sendo criticados por
outras denominações pela falta de estrutura organizacional e administrativa,
alegando serem eles grupos sem rumo certo.
Obreiros nacionais e estrangeiros
“resolveram fundar uma organização que fosse responsável por coordenar e
dirigir as igrejas dali em diante.” (SILVA, 1994, p.59).
Já havia no Maranhão 10
Igrejas organizadas, algumas congregações e vários pontos de pregação. Em Belém
do Pará quase todas as Igrejas estavam funcionando à sua maneira, visto que os
missionários, atuais líderes, eram procedentes de várias denominações,
trazendo, assim, para as igrejas daqui sua liturgia e doutrinas.
A Igreja tinha um nome que a identificava, mas não
havia registro civil ou qualquer outro documento que a legalizasse e as Leis do
país exigiam que ela fosse registrada oficialmente. Em agosto de 1934, a
Igreja, em reunião, decidiu cumprir a Lei, mas só em 20 de março de 1939, sob o
pastorado de José Higino de Sousa, os estatutos foram reformados e ela foi
definitivamente registrada com o nome de Igreja Cristã Evangélica.
A Igreja de
Barra do Corda Centro foi a primeira que se organizou devidamente com o nome de
Igreja Crista Evangélica. E como os seus estatutos satisfaziam muito bem aos
ideais dos grupos foi tomada a seguinte resolução “Todas as igrejas que adotam estes estatutos, sem exceção devem ser
registradas com o nome de Igreja Crista Evangélica”. (SILVA,
1997, p. 59)
O nome Igreja Cristã Evangélica
foi “adotado porque ele definia muito bem o pensamento da maioria, no propósito
de formar uma organização eclesiástica com menos ênfase na denominação e maior
no próprio Evangelho” (SILVA, 1997, p. 59).
Continua .......
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