quinta-feira, 9 de junho de 2016

TEOLOGIA NO CULTO

Lição 8 - 3ª Parte

CULTO FALSO X CULTO VERDADEIRO

3. Impedimento para o Verdadeiro Cultuar

a) Tradição acirrada. O zelo exagerado pelas tradições tem tirado a liberdade do Espírito Santo em conduzir o crente como verdadeiro adorador. Quem deve dirigir o adorador à adoração é o Espírito Santo, que habita em sua vida. 
Mas o homem toma para si esta direção, este direito, e tenta, pelas tradições eclesiásticas, levar o crente à adoração a Deus. Se fugir da forma que ele conhece, se fugir da tradição seguida pela sua igreja, para ele, deixa de ser louvor e adoração verdadeiros a Deus. “O jugo que a tradição impõe aos homens, por vezes, é tão terrível quanto o do pecado.” (CORNWELL, 1995, 67).
b) Adoração a seres menores do que Deus – “Estes seres”, podem ser pessoas, motivações erradas, movimentos, formas, ritos não bíblicos e outras práticas que distanciam o verdadeiro adorador da verdadeira adoração. 
O que na verdade o diabo quer é ser adorado, mas se não pode ter isto dos salvos, vai tentar fazer com que ele preste culto de louvor e adoração a um ser inferior a Deus, pois se assim o for, ele deixará de adorar a Deus. “Se Satanás não conseguir que o adoremos, procurará evitar que adoremos a Deus.” (CORNWELL, 1995, 68).
c) Adoração com a vida incorreta diante de Deus
Quais as formas que o diabo vai usar para impedir que o crente seja um verdadeiro adorador de Deus? Levando-o a:


  •    Prestar um culto com a mente impura pelo pecado não confessado

Quando Cristo toma posse de nossa vida ele quer nos transformar todo. Mudar nossos velhos hábitos pecaminosos em hábitos santos, velhos pensamentos em novos e vencedores pensamentos. Agora, para que isto aconteça é necessário que obedeçamos a Sua Palavra. É necessário que cumpramos alguns requisitos.

1-  Fazer uma faxina geral na mente: “Sonda-me...” (Sl 139: 23,24); Confessar pecados (1 Jo 1:9);

2-  Ocupar a mente faxinada com coisas boas: “Pensai nas coisas do alto” (Cl 3:2); “seja isto o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4:8).

Como ocupar a mente faxinada? Memorizar a Palavra de Deus. Para o crente se livrar dos velhos e perniciosos pensamentos é necessário derrotá-los e substituí-los por pensamentos novos. A melhor forma de ocupar a mente com coisas boas é memorizar as Escrituras. É necessário substituir os maus pensamentos por “coisas lá do alto.” Precisamos ter a mente renovada e, memorizar a Palavra de Deus ajuda, em muito, neste processo. (Sl 1)

 Charles Swindoll (1994, 14) disse que “Quebrar hábitos mentais de longa duração não é fácil e nem rápido, mas as pessoas que não o fazer podem  evoluir e tornar-se indivíduos excêntricos, cheios de esquisitices, que acabam sozinhas, num estado lastimável.”

“Rogo-vos, pois, irmãos, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo, e agradável a Deus (...) e transformai-vos, pela renovação da vossa mente.“ Só depois seremos considerados por Deus como verdadeiros adoradores, porque, certamente o que fluir de nós, seja oração, cântico, testemunho, evangelismo, vai sair do mais profundo do nosso ser, sem mentiras ou hipocrisia, mas “em espírito e em verdade”.


  •      Culpa  X  Convicção


“Culpa é um sentimento. Por esta razão, culpa nunca foi uma motivação saudável para seguirmos qualquer disciplina espiritual” (NOLAND, 2007, 274), como por exemplo, o devocional particular diário, ida à igreja, participar de um culto entre outros. Culpa é obra do inimigo que tem como atributo ser acusador (Ap 12:10).

Convicção é obra do Espírito Santo (Jo 16:8) “É aquela voz suave que pode ser acompanhada de profunda emoção, especialmente lágrimas, mas que tem um impacto mais permanente que a emoção.” (NOLAND, 2007, 247). A culpa resulta em: “devo fazer”; a convicção resulta em: “quero fazer”.

  •      Prestar um culto sem comunhão com Deus e com o irmão

         (Mt 5:21-26 ; 1 Jo    4:20,21)

Quando o crente age desta forma, além de está agradando ao diabo, ele também está ofendendo a Deus. Existem músicas que incentivam o crente a vir e adorar a Deus como estiver. Em Isaías 59:1-3 mostra o que acontece quando os filhos de Deus tentam comunhão com Ele da forma errada. “Deus não os ouve”.  

Neste caso é em vão todo aquele momento de “louvor” realizado nos cultos, muito bem elaborado, com programação perfeita, bem ensaiada, com as melhores músicas e com os melhores músicos, testemunhos comoventes, participações espetaculosas, orações bem elaboradas. Deus não os ouve. É em vão tentar adorar e louvar a Deus através das orações, ofertas, ou de qualquer outra forma estando com a vida incorreta diante de Deus pelo pecado, Ele não aceita.

Na comunhão com o irmão inclui o perdão pelas suas ofensas feitas a nós. Perdão é não levar em consideração, em conta a ofensa. Em Mateus 6:12-15 diz que se não perdoarmos nossos ofensores não seremos perdoado. Ou, seremos perdoados como perdoarmos. 

“Se quisermos ser verdadeiros adoradores do Pai, temos de perdoar os nossos ofensores.” (CORNWELL, 1995, 82). Se não perdoamos, não somos perdoados dos nossos pecados. Se tivermos acúmulo de pecados em nossas vidas, não podemos ter boa relação com Deus (Is 59:2,3). Se não temos boa relação com Deus não poderemos adorá-lo em espírito e em verdade.

O perdão não é um sentimento (eu perdoou quando sentir que devo) e sim uma decisão (eu tomo a decisão de perdoar). Perdão é não levar em conta a ofensa de alguém contra nós. É tirar a culpa do ofensor.


REFERÊNCIA

1.            CORNWALL, Judson. Adoração como Jesus ensinou. Betânia, Belo Horizonte: 1995.
2.            NOLAND, Rory. O Coração do Artista: construindo o caráter do artista. W4 Editora, São Paulo: 2007.
3.            SWINDOLL, Charles R. Como viver acima da mediocridade.  3 ed. VIDA, Flórida: 1994. 
            

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