terça-feira, 7 de junho de 2016

AICEB: Uma História de Amor.

(Livro em construção)

2 – ESTABELECIMENTO -

CONTINUAÇÃO...

2.1 AIE – Aliança das Igrejas Evangélicas


2.5 AICENB – Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Norte do Brasil

Para evitar esta evasão, obreiros nacionais e missionários estrangeiros “resolveram fundar uma organização que fosse responsável por coordenar e dirigir as igrejas dali por diante.” (SILVA, 1997, p. 59).

Em 17 de julho de 1947, nas instalações do Instituto Bíblico do Maranhão - IBM, por ocasião da Convenção Anual em Barra do Corda, sob a presidência do Secretário da UFM Rev. Carlos Sarginson, foi fundada uma organização para coordenar o trabalho dos obreiros formados pelo Instituto Bíblico.

Como as igrejas estavam plantadas mais ao norte do Brasil, a denominação definitiva ficou sendo Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Norte do Brasil – AICENB.

Foi eleito como seu presidente, George Thomas, então Diretor do Instituto Bíblico. A AICENB foi fundada “para melhor atender as necessidades das igrejas nesta nova fase de seu desenvolvimento.” (SILVA, 1997, p. 59).

A organização da AICENB oficializou o trabalho, em caráter permanente, destes missionários no Brasil. Agora eles já sabiam para onde vinham, não era mais um trabalho solto, tinha um objetivo definido que era o fortalecimento da AICENB. “Os missionários que apoiavam a iniciativa promoviam uma verdadeira mobilização de forças para ocupar outras cidades e povoados do interior, abrindo novos pontos de pregação.” (SILVA, 1997, p. 61)

Os alunos formados pelo IBM ingressavam no quadro de obreiros da AICENB e assumiam o trabalho, não como auxiliares, mas na liderança da igreja. Mais missionários estavam chegando de vários países e fortaleciam ainda mais o grupo que já estava aqui. Muitos lugares ainda não evangelizados foram alcançados através deste esforço conjunto. “Enquanto isto acrescentava-lhes o Senhor, os que iam sendo salvos.” (At. 2:47)

George Thomas, então Diretor do IBM, foi eleito presidente da AICENB. Dali em diante outros missionários também assumiram este cargo, acumulando também, a função de Diretor do IBM. Só em 1962 assumiu os cargos de Diretor do IBM e Presidente da AICENB, um brasileiro: Abdoral Fernandes da Silva.



Em 1949 foi criada uma Comissão de Organização e Finanças que tinha como objetivo visitar as igrejas “com o fim de uni-las em uma organização padronizada, com Estatutos adotados pela denominação, e desafiá-las [...] a sustentarem seus próprios obreiros.” (SILVA,1997, p.60).

O  Modus Vivendi entre aicenb e wec[1]
Nestes sete anos seguintes à organização da AICENB, a missão ainda exercia o maior controle da obra. Já pela
maior experiência dos missionários, já porque ela é que tinha os recursos financeiros para a manutenção da maior parte dos obreiros. Fator este que criava uma tensão crescente e desconfortante no relacionamento das duas entida­des em particular, tratando-se de alguns pastores das igrejas. Para contornar a situação, foi resolvido, na Convenção Geral de 1955, estabelecer um Modus Vivendi entre as duas entidades. Esta Medida representava para a AICENB um passo relevante na demanda por sua autonomia.
O       documento fazia separação entre o campo administrativo da missão e o da Aliança. O campo da missão seria constituído pelas igrejas ainda sustentadas por ela e que deveriam ser transferidas para a Aliança quando pudessem se emancipar nos termos da Constituição da AICENB. A missão continuaria subvencionando, não as igrejas, mas a Caixa Geral da Aliança, mediante entendimento entre as duas entidades, por seus diretores. Qualquer propriedade adquirida por ou para uma congregação, seria registrada em nome da AICENB até que fosse organizada a Igreja, e tivesse sua personalidade jurídica. A Aliança ficava com as igrejas e campos já administrados por ela e receberia para sua jurisdição outras igrejas, ao passo que fossem se emancipando. Este Modus Vivendí seria revalidado de dois em dois anos, ou a pedido da parte interessada. Desta maneira, a missão continuava dando sua indispensável contribuição para o crescimento do trabalho, sem interferências nas deliberações da AICENB. Com este acordo, a Aliança teria que se fortalecer como uma entidade denominacional, adquirindo uma estrutura mais firme para conduzir os assuntos de seu próprio interesse. (SILVA, 62)

Como se pode observar, a maior concentração de igrejas da AICENB estava
no Maranhão. Mas, como a sede da Missão era em Belém, havia uma grande
oportunidade para expansão também no Pará. Na década de 50, os missionários da
WEC abriram muitos trabalhos ali. Aos poucos novas igrejas e escolas da missão
foram sendo estabelecidas e em muito ajudaram no crescimento da AICENB.

 
[1] AICENB- Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Norte do Brasil. WEC – Worldwide Evangelization Crusade.

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