quarta-feira, 29 de junho de 2016

205ª REFLEXÃO EM SALMOS


Salmo 122

 Que alegria cultuar a Deus!

Este é mais uma composição de Davi. Ela retrata a ida das tribos de Israel em peregrinação rumo a Cidade Santa para mais uma festa judaica. Davi inicia demonstrando sua grande alegria quando foi comunicado sobre a ida para Jerusalém, para a “Casa de Deus”, o Templo, a fim de realizar essa grande festa cúltica a Deus.
Jerusalém era a capital religiosa de Israel. Ali, por causa do Templo, aconteciam todas as festas religiosas ordenadas por Deus. Lá também era a capital política onde o rei era o juiz supremo.
Os peregrinos que ali chegavam viviam entre patrícios e ao retornarem para suas tribos eram orientados a orarem pedindo paz e segurança para a cidade. Também se comprometiam em buscar o bem da “Casa de Deus”, o Templo em Jerusalém.

APLICAÇÃO

Para o judeu, Jerusalém era a Cidade Santa onde estava o Templo do Senhor que simbolizava a “Casa de Deus”. Isto por causa da Arca da Aliança que ali estava. Para os cristão, com a descida do Espírito Santo, conforme promessa de Cristo (Jo 16:7), nós agora somos a Casa de Deus.
A igreja onde muitos a chamam de “A Casa de Deus” na verdade é apenas o prédio onde a verdadeira Casa de Deus se reúne para adorar a Deus.
Deve ser uma alegria para cada um o momento deste culto congregacional, pois ali todos têm a oportunidade de juntos rendermos a mais elevada homenagem àquele que nos salvou e nos pôs dentro de sua família e cuida de nós como pai amoroso.
Também temos a oportunidade de desenvolvermos comunhão com os irmãos que também são a Casa de Deus. Este é um momento de grande privilégio, pois ali aprenderemos a respeito de Deus e sua vontade para nossa vida.
E como aprendermos, assim deveremos viver durante a semana. Alegremo-nos, pois, quando nos disserem: Vamos cultuar a Deus!
204ª REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 121 – 2ª Parte 

 Meu socorro vem do Senhor!

Havia naquela região muitos montes e dentre eles o Monte Sião onde ficava o Templo que representava a “Casa de Deus”. durante as festas religiosas muitos afluíam para lá a fim de prestar culto ao Deus criador dos céus e da terra (2). Na reflexão anterior vimos um dos possíveis significado do termo “Monte”, que pode ser problemas de várias naturezas.

Mas ele também pode se referir a “Morada de Deus”, para onde o salmista se dirige e faz sua oração de gratidão por ter o Deus “que fez o céu e a terra” como protetor do Seu povo. Esta canção reconhece o Senhor como protetor de Israel. Um protetor sempre alerta e “que não dorme”. Protege-o dos perigos do caminho que se apresentam. Durante o dia protege dos raios solares prejudiciais à saúde. E a noite, protege da Lua Cheia, pois acreditavam ser ela também perniciosa à vida do homem. O Senhor protege a chegada do seu povo em Jerusalém e o retorno no final das celebrações. Conclui esta canção reconhecendo que a proteção do Senhor continuará para sempre.

APLICAÇÃO

Se pararmos para refletir sobre nosso passado e aturação do Senhor nele, ficaremos surpresos como Ele tem cuidado de nós. Ficaremos surpresos com o tamanho do “trabalho” que temos dado para Deus. pois muitas das situações de risco que nos metemos foi descuido ou provocados pela nossa teimosia.

Mas, Ele que não dorme, que está sempre alerta aos nossos movimentos, sempre sai em nossa proteção. Mas, também tem nos disciplinado como Pai amoroso na esperança de que não façamos mais tais traquinagens, o que nem sempre tem acontecido.


Ele também, tem nos protegido do inimigos que se levantam contra nós, ferozmente, querendo a nossa destruição. Quantas vezes não vimos estes inimigos sendo veementemente, sendo punidos. As vezes eles nem percebem que pagam por terem tocado nos ungidos do Senhor. Mas, nós sabemos que foi intervenção divina. É bom levantarmos pela manhã e sabermos que o “Deus Protetor” é o nosso Deus.
203ª  REFLEXÃO EM SALMOS


SALMO 121 – 1ª Parte – De onde me virá o socorro?

O salmista aqui, durante sua caminhada rumo ao Templo em Jerusalém, olha para o monte e pergunta “de onde me virá o socorro?” Este monte pode ser “perigo”, ou ao Monte Sião onde está o Templo do Senhor. O fato é que ele logo responde sua própria pergunta: “O meu socorro vem do Senhor”. O salmista confia que o seu Deus guardará seu povo. Que Ele está sempre alerta para qualquer perigo que possa atingir os seus queridos. Ele garante proteção dia e noite. Proteção de todo e qualquer mal que ameaça a vida dos seus. Ele protege tanto em casa como fora dela. O que significa que em todo o tempo e em todos os lugares o Senhor guardará os seus.

APLICAÇÃO

Quantos montes não têm se levantado diante de nós que parecem intransponíveis! Muitas vezes desanimamos diante deles. E por serem grandes e difíceis sua ultrapassagem, achamos que não conseguiremos enfrenta-los.

Mas, ao olharmos para o Senhor e buscarmos o seu socorro a situação se modifica e podemos ver que há caminhos seguros que nos levam a ultrapassarmos o monte, antes intransponível. Agora com a ajuda do Senhor parece fácil e possível de enfrenta-lo.

Se, sempre tivermos esta atitude de buscarmos o Senhor não só nas horas difíceis, mas vivermos sempre em comunhão com Ele, veremos que sua proteção se dá tanto nas situações difíceis, quanto nas tranquilas. Ele é nosso protetor sempre e em qualquer situação.

Só precisamos abrir nossos olhos para vermos esta intervenção constante dele em nossa vida. Com Ele fica, totalmente, fácil encararmos qualquer montanha.



TEOLOGIA NO CULTO

Lição 8 - 6ª Parte

CULTO FALSO X CULTO VERDADEIRO
1. Culto Falso (publicado anteriormente)
2. Verdadeiro Cultuar
3. Impedimento para o Verdadeiro Cultuar

4. Outros Empecilhos para ser um Verdadeiro Cultuador

a) Orgulho – não querer abrir mão dos sentimentos maus e impuros por puro orgulho. Também se refere ao orgulho denominacional por achar que são mais importantes do que outros ou os únicos que Deus aceita.

b) Assistir culto – assiste-se filme, teatro, espetáculo. Mas, é mais confortável assistir um culto do que participar. Para participar é necessário uma vida reta diante de Deus e muitas vezes não queremos isto, pois é melhor o pecado.

c) Pecados de Estimação – se são de estimação não vamos querem nos livrar deles. Pois os amamos.

d) Arrogância espiritual – creio que sou melhor do que outros por ter dons e talentos que podem ser vistos e aplaudidos por outros. Por achar que sou mais querido por Deus por alguma razão.

Considerações Finais

E hoje? Para os que estão insatisfeitos com o culto que “assistiram”; decepcionados porque Deus não agiu como queriam; instáveis e só procuram Deus em meio as suas crises, por interesse em resolver seus problemas; os que prestam um culto com a vida impura; os que têm seu culto rejeitado por Deus por não ter sido feito da forma correta; para os que experimentaram a justiça de Deus por lhe prestar um culto emocional, carnal. Existe um “MAS, DEUS” para estas pessoas também?

CLARO! O arrependimento, a confissão de pecados, o definir-se por cultuar a Deus; ter a convicção de que está adorando a Deus são passos para se prestar um verdadeiro culto ao Deus verdadeiro vindo do coração de um verdadeiro adorador que adora em espírito e em verdade. (Jo 4:23).

No culto verdadeiro não “se confunde entusiasmo com louvor, nem se provocam emoções para alegrar ambientes.” (Louvor e Adoração, 2001, p.39). Já o culto falso é “mera catarse psicológica, mera movimentação física. Resulta no Vazio. O divórcio entre a adoração e a vida prática é inevitável.

É um culto templário apenas. É um teatro, um “show”, mas sem nenhum vínculo de vida prática.” (Louvor e Adoração, 2001, p.37). Não é isto o que Deus espera dos que são chamados pelo seu nome. Mas, um verdadeiro culto onde Ele e somente Ele é cultuado em espírito e em verdade.
Amém!
TEOLOGIA NO CULTO
Lição 8 - 5ª Parte

CULTO FALSO X CULTO VERDADEIRO
1. Culto Falso (publicado anteriormente)
2. Verdadeiro Cultuar

3. Impedimento para o Verdadeiro Cultuar

 Culpa X Convicção

“Culpa é um sentimento. Por esta razão, culpa nunca foi uma motivação saudável para seguirmos qualquer disciplina espiritual” (NOLAND, 2007, 274), como por exemplo, o devocional particular diário, ida à igreja, participar de um culto entre outros. Culpa é obra do inimigo que tem como atributo ser acusador (Ap 12:10).

Convicção é obra do Espírito Santo (Jo 16:8) “É aquela voz suave que pode ser acompanhada de profunda emoção, especialmente lágrimas, mas que tem um impacto mais permanente que a emoção.” (NOLAND, 2007, 247). A culpa resulta em: “devo fazer”; a convicção resulta em: “quero fazer”.

 Prestar um culto sem comunhão com Deus e com o irmão
(Mt 5:21-26 ; 1 Jo 4:20,21)

Quando o crente age desta forma, além de está agradando ao diabo, ele também está ofendendo a Deus. Existem músicas que incentivam o crente a vir e adorar a Deus como estiver. Em Isaías 59:1-3 mostra o que acontece quando os filhos de Deus tentam comunhão com Ele da forma errada. “Deus não os ouve”.

Neste caso é em vão todo aquele momento de “louvor” realizado nos cultos, muito bem elaborado, com programação perfeita, bem ensaiada, com as melhores músicas e com os melhores músicos, testemunhos comoventes, participações espetaculosas, orações bem elaboradas.

Deus não os ouve. É em vão tentar adorar e louvar a Deus através das orações, ofertas, ou de qualquer outra forma estando com a vida incorreta diante de Deus pelo pecado, Ele não aceita.

Na comunhão com o irmão inclui o perdão pelas suas ofensas feitas a nós. Perdão é não levar em consideração, em conta a ofensa. Em Mateus 6:12-15 diz que se não perdoarmos nossos ofensores não seremos perdoado. Ou, seremos perdoados como perdoarmos. “Se quisermos ser verdadeiros adoradores do Pai, temos de perdoar os nossos ofensores.” (CORNWELL, 1995, 82).

Se não perdoamos, não somos perdoados dos nossos pecados. Se tivermos acúmulo de pecados em nossas vidas, não podemos ter boa relação com Deus (Is 59:2,3). Se não temos boa relação com Deus não poderemos adorá-lo em espírito e em verdade.



O perdão não é um sentimento (eu perdoou quando sentir que devo) e sim uma decisão (eu tomo a decisão de perdoar). Perdão é não levar em conta a ofensa de alguém contra nós. É tirar a culpa do ofensor.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

AICEB: Uma História de Amor.(Livro em construção)

2 – ESTABELECIMENTO - CONTINUAÇÃO...
2.1 AIE – Aliança das Igrejas Evangélicas
2.5 AICENB – Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Norte do Brasil
2.6 MICEB – Missão Cristã Evangélica do Brasil
Por: Charles Stoner

A Missão Cristã Evangélica do Brasil (MICEB), anteriormente denominada Cruzada de Evangelização Mundial (WEC), foi fundada em maio de 1967, em Belém - Pará e foi constituída em uma sociedade civil sem fins lucrativos de natureza religiosa, educativa e filantrópica.
Seu propósito é de (1) promover e incentivar o crescimento e fortalecimento da igreja evangélica através da conversão dos perdidos, discipulado individual, treinamento de líderes, estabelecimento de igrejas centralizadas em Cristo, incentivando-as a participarem de missões mundiais; (2) prestar, de qualquer forma, toda a assistência religiosa, através dos serviços de seus membros ou de pessoas capacitadas e vocacionadas para esse trabalho; (3) promover trabalhos de assistência social, e/ou educacional, de acordo com as necessidades e possibilidades, definidas por projetos.
A MICEB está sediada em Belém - Pará. Tem em seu quadro mais de cem missionários estrangeiros, oriundos de quatro missões mantenedoras: UFM International (E.U.A. e Canadá), UFM Worldwide (Grã Bretanha), Swiss Alliance Mission (Suiça) e German Mission Fellowship (Alemanha).
Os tipos de trabalhos feitos por esses missionários, principalmente na área norte do Brasil, incluem educação teológica, implantação de igrejas, trabalho com meninos de rua, acampamentos, trabalho com adolescentes, aconselhamento e trabalhos entre os povos indígenas.
Para o trabalho de implantação de igrejas e educação teológica, a MICEB tem cooperado com a Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil (AICEB) por meio de um modus vivendi que determina os termos da parceria gozada por estas duas entidades. Uma média de dez por cento dos missionários da MICEB 
desenvolvem seus trabalhos com três tribos indígenas, os Kayapós, Guajajaras, e Canelas no Pará e em Barra do Corda, Maranhão.

De fato, nos anos 1930 e 40 a MICEB teve sua atividade quase que exclusivamente com o trabalho entre os silvícolas, mas devido as restrições enfrentadas nas áreas indígenas, no tempo da Segunda Guerra Mundial, os missionários estrangeiros juntamente com brasileiros, direcionaram sua atuação para a evangelização dos civilizados, especialmente do interior do Maranhão e Pará e mais tarde no Piauí.
Isto resultou na implantação de igrejas em Barra do Corda – MA., dando início em 1948, à Denominação Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil.
A MICEB teve autorização, outra vez, para entrar nas tribos indígenas em 1955, e como resultado diversos postos foram abertos e mantidos. Em 1968 foi fundada a Missão Evangélica aos Índios do Brasil (MEIB).
Esta entidade brasileira foi estabelecida pela iniciativa de missionários da MICEB, particularmente pela visão de Karlheinz Berger da GMF. O propósito da MEIB é de servir como agência missionária nacional para facilitar o ministério de brasileiros que aceitam o desafio para trabalhar entre os povos indígenas, principalmente entre as tribos do seu próprio país.

terça-feira, 21 de junho de 2016

TEOLOGIA NO CULTO

Lição 8 - 4ª Parte

CULTO FALSO X CULTO VERDADEIRO

1. Culto Falso (publicado anteriormente)

2. Verdadeiro Cultuar

3. Impedimento para o Verdadeiro Cultuar

CONTINUAÇÃO ....

c) Adoração com a vida incorreta diante de Deus

Quais as formas que o diabo vai usar para impedir que o crente seja um verdadeiro adorador de Deus? Levando-o a:

 Prestar um culto com a mente impura pelo pecado não confessado

Quando Cristo toma posse de nossa vida ele quer nos transformar todo. Mudar nossos velhos hábitos pecaminosos em hábitos santos, velhos pensamentos em novos e vencedores pensamentos. Agora, para que isto aconteça é necessário que obedeçamos a Sua Palavra. É necessário que cumpramos alguns requisitos.

1- Fazer uma faxina geral na mente: “Sonda-me...” (Sl 139: 23,24); Confessar pecados (1 Jo 1:9);

2- Ocupar a mente faxinada com coisas boas: “Pensai nas coisas do alto” (Cl 3:2); “seja isto o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4:8).

Como ocupar a mente faxinada? Memorizar a Palavra de Deus. Para o crente se livrar dos velhos e perniciosos pensamentos é necessário derrotá-los e substituí-los por pensamentos novos. A melhor forma de ocupar a mente com coisas boas é memorizar as Escrituras.

É necessário substituir os maus pensamentos por “coisas lá do alto.” Precisamos ter a mente renovada e, memorizar a Palavra de Deus ajuda, em muito, neste processo. (Sl 1)
Charles Swindoll (1994, 14) disse que “Quebrar hábitos mentais de longa duração não é fácil e nem rápido, mas as pessoas que não o fazer podem evoluir e tornar-se indivíduos excêntricos, cheios de esquisitices, que acabam sozinhas, num estado lastimável.”

“Rogo-vos, pois, irmãos, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo, e agradável a Deus (...) e transformai-vos, pela renovação da vossa mente.“ Só depois seremos considerados por Deus como verdadeiros adoradores, porque, certamente o que fluir de nós, seja oração, cântico, testemunho, evangelismo, vai sair do mais profundo do nosso ser, sem mentiras ou hipocrisia, mas “em espírito e em verdade”.

CONTINUA

sexta-feira, 10 de junho de 2016

202ª REFLEXÃO EM SALMOS


Salmo 120 - A vingança pertence a Deus!

Os Salmos 120 a 134 trazem em seu título “Cântico de Peregrinação ou Degraus”. Provavelmente são os cânticos que os peregrinos entoavam quando se deslocavam rumo ao Templo de Jerusalém por ocasião das festas religiosas.

Neste salmo trata da súplica de alguém que vive entre pessoas mentirosas, difamadoras, traiçoeiras, hipócritas. São pessoas que amam odiar e que odeia a paz. E por mais que o salmista fale de paz com estas pessoas, elas só pensam em promover a guerra entre as pessoas.

Aqui, também o salmista mostra o fim destes que só buscam a guerra: eles serão destruídos, castigados, punidos. O povo de Deus sofre tanto com o que esses inimigos dizem, quanto com o que eles fazem contra o salmista. Mas, Deus não deixará impune aquele que toca em seus filhos.

APLICAÇÃO

Vivemos em meio a algumas pessoas que odeiam a paz, mas amam o ódio, se alimentam dele. São pessoas que só estão felizes quando “ferram” alguém. Estas pessoas sentem um desejo incontrolado de mentir ou distorcer o sentido das nossas palavras e nos jogar contra pessoas do nosso relacionamento.

Sem perceber, nossos amados acreditam no que estas pessoas malignas dizem sobre nós e rompem a amizade conosco. Pois, não tiveram o cuidado de nos perguntar se são palavras verdadeiras ou mentirosas o que ouviram.

E a vida segue assim. Nada lhes acontece. Elas creem que jamais serão desmascaradas e continuam vivendo na prática destes pecados como se fosse a coisa mais natural do mundo. E Nós, sofremos o dano causado por estas pessoas.


 Mas a promessa do Senhor é de que, mais cedo ou mais tarde receberão a devida paga. Serão punidas pelas práticas erradas que vivem a cometer contra nós. A recomendação para nós é:  quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.  Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus.” (Rm 12:18,19)

quinta-feira, 9 de junho de 2016

TEOLOGIA NO CULTO

Lição 8 - 3ª Parte

CULTO FALSO X CULTO VERDADEIRO

3. Impedimento para o Verdadeiro Cultuar

a) Tradição acirrada. O zelo exagerado pelas tradições tem tirado a liberdade do Espírito Santo em conduzir o crente como verdadeiro adorador. Quem deve dirigir o adorador à adoração é o Espírito Santo, que habita em sua vida. 
Mas o homem toma para si esta direção, este direito, e tenta, pelas tradições eclesiásticas, levar o crente à adoração a Deus. Se fugir da forma que ele conhece, se fugir da tradição seguida pela sua igreja, para ele, deixa de ser louvor e adoração verdadeiros a Deus. “O jugo que a tradição impõe aos homens, por vezes, é tão terrível quanto o do pecado.” (CORNWELL, 1995, 67).
b) Adoração a seres menores do que Deus – “Estes seres”, podem ser pessoas, motivações erradas, movimentos, formas, ritos não bíblicos e outras práticas que distanciam o verdadeiro adorador da verdadeira adoração. 
O que na verdade o diabo quer é ser adorado, mas se não pode ter isto dos salvos, vai tentar fazer com que ele preste culto de louvor e adoração a um ser inferior a Deus, pois se assim o for, ele deixará de adorar a Deus. “Se Satanás não conseguir que o adoremos, procurará evitar que adoremos a Deus.” (CORNWELL, 1995, 68).
c) Adoração com a vida incorreta diante de Deus
Quais as formas que o diabo vai usar para impedir que o crente seja um verdadeiro adorador de Deus? Levando-o a:


  •    Prestar um culto com a mente impura pelo pecado não confessado

Quando Cristo toma posse de nossa vida ele quer nos transformar todo. Mudar nossos velhos hábitos pecaminosos em hábitos santos, velhos pensamentos em novos e vencedores pensamentos. Agora, para que isto aconteça é necessário que obedeçamos a Sua Palavra. É necessário que cumpramos alguns requisitos.

1-  Fazer uma faxina geral na mente: “Sonda-me...” (Sl 139: 23,24); Confessar pecados (1 Jo 1:9);

2-  Ocupar a mente faxinada com coisas boas: “Pensai nas coisas do alto” (Cl 3:2); “seja isto o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4:8).

Como ocupar a mente faxinada? Memorizar a Palavra de Deus. Para o crente se livrar dos velhos e perniciosos pensamentos é necessário derrotá-los e substituí-los por pensamentos novos. A melhor forma de ocupar a mente com coisas boas é memorizar as Escrituras. É necessário substituir os maus pensamentos por “coisas lá do alto.” Precisamos ter a mente renovada e, memorizar a Palavra de Deus ajuda, em muito, neste processo. (Sl 1)

 Charles Swindoll (1994, 14) disse que “Quebrar hábitos mentais de longa duração não é fácil e nem rápido, mas as pessoas que não o fazer podem  evoluir e tornar-se indivíduos excêntricos, cheios de esquisitices, que acabam sozinhas, num estado lastimável.”

“Rogo-vos, pois, irmãos, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo, e agradável a Deus (...) e transformai-vos, pela renovação da vossa mente.“ Só depois seremos considerados por Deus como verdadeiros adoradores, porque, certamente o que fluir de nós, seja oração, cântico, testemunho, evangelismo, vai sair do mais profundo do nosso ser, sem mentiras ou hipocrisia, mas “em espírito e em verdade”.


  •      Culpa  X  Convicção


“Culpa é um sentimento. Por esta razão, culpa nunca foi uma motivação saudável para seguirmos qualquer disciplina espiritual” (NOLAND, 2007, 274), como por exemplo, o devocional particular diário, ida à igreja, participar de um culto entre outros. Culpa é obra do inimigo que tem como atributo ser acusador (Ap 12:10).

Convicção é obra do Espírito Santo (Jo 16:8) “É aquela voz suave que pode ser acompanhada de profunda emoção, especialmente lágrimas, mas que tem um impacto mais permanente que a emoção.” (NOLAND, 2007, 247). A culpa resulta em: “devo fazer”; a convicção resulta em: “quero fazer”.

  •      Prestar um culto sem comunhão com Deus e com o irmão

         (Mt 5:21-26 ; 1 Jo    4:20,21)

Quando o crente age desta forma, além de está agradando ao diabo, ele também está ofendendo a Deus. Existem músicas que incentivam o crente a vir e adorar a Deus como estiver. Em Isaías 59:1-3 mostra o que acontece quando os filhos de Deus tentam comunhão com Ele da forma errada. “Deus não os ouve”.  

Neste caso é em vão todo aquele momento de “louvor” realizado nos cultos, muito bem elaborado, com programação perfeita, bem ensaiada, com as melhores músicas e com os melhores músicos, testemunhos comoventes, participações espetaculosas, orações bem elaboradas. Deus não os ouve. É em vão tentar adorar e louvar a Deus através das orações, ofertas, ou de qualquer outra forma estando com a vida incorreta diante de Deus pelo pecado, Ele não aceita.

Na comunhão com o irmão inclui o perdão pelas suas ofensas feitas a nós. Perdão é não levar em consideração, em conta a ofensa. Em Mateus 6:12-15 diz que se não perdoarmos nossos ofensores não seremos perdoado. Ou, seremos perdoados como perdoarmos. 

“Se quisermos ser verdadeiros adoradores do Pai, temos de perdoar os nossos ofensores.” (CORNWELL, 1995, 82). Se não perdoamos, não somos perdoados dos nossos pecados. Se tivermos acúmulo de pecados em nossas vidas, não podemos ter boa relação com Deus (Is 59:2,3). Se não temos boa relação com Deus não poderemos adorá-lo em espírito e em verdade.

O perdão não é um sentimento (eu perdoou quando sentir que devo) e sim uma decisão (eu tomo a decisão de perdoar). Perdão é não levar em conta a ofensa de alguém contra nós. É tirar a culpa do ofensor.


REFERÊNCIA

1.            CORNWALL, Judson. Adoração como Jesus ensinou. Betânia, Belo Horizonte: 1995.
2.            NOLAND, Rory. O Coração do Artista: construindo o caráter do artista. W4 Editora, São Paulo: 2007.
3.            SWINDOLL, Charles R. Como viver acima da mediocridade.  3 ed. VIDA, Flórida: 1994. 
            

terça-feira, 7 de junho de 2016

201ª REFLEXÃO EM SALMOS


Salmo 119. 169 – 176 - 23ª 

Prática do Desabafo

O salmista conclui o seu cântico apresentando sua suplica pedindo para que Deus o escute. Pede entendimento para compreender sua Palavra. 
Pede, mais uma vez, que Suas, promessas em relação a ele, sejam cumpridas. Promessas estas de livra-lo dos seus perseguidores.
Pede, também, que o Senhor tenha misericórdia dele, pois tem errado muito em seu caminho; feito o que não é reto aos olhos do Pai. Mas, que também tem procurado viver conforme a Lei do Senhor. Assim, seus lábios transbordarão de louvores ao Senhor. Sua Palavra será por ele cantada.
Deseja continuar vivendo para poder obedecer ao que o Senhor lhe ordenar através de Sua justa Palavra. Deseja, ainda, viver constantemente na presença do Senhor.

APLICAÇÃO

Graças a Deus temos o recurso da oração onde podemos abrir nosso coração e dizer exatamente o que nos angustia. Poder dar nome ao pecado que impede nossa comunhão com Deus e com o irmão. Nós podemos suplicar as misericórdias de Deus, bem como o seu perdão.
Podemos fazer isso, sem medo de que Ele se escandalize dos nossos atos; enumerar cada um dele por nome sem medo de que Ele interprete errado ou, por maldade, passe para frente os nossos erros. Temos a segurança de que Ele nos entende, nos perdoa e nos dá oportunidades de fazermos o que é certo. Ele nos ajuda a vencermos os inimigos que tenazmente nos perseguem (carne, mundo e o diabo).
Graças a Deus temos acesso direto com Ele através de Cristo que nos amou e se entregou por nós. E este acesso nos permite este desabafo, a confissão dos nossos pecados, a reconstrução da comunhão com Ele e, como consequência, a comunhão com o próximo. A Ele toda honra, louvores e glória para sempre.


AICEB: Uma História de Amor.

(Livro em construção)

2 – ESTABELECIMENTO -

CONTINUAÇÃO...

2.1 AIE – Aliança das Igrejas Evangélicas


2.5 AICENB – Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Norte do Brasil

Para evitar esta evasão, obreiros nacionais e missionários estrangeiros “resolveram fundar uma organização que fosse responsável por coordenar e dirigir as igrejas dali por diante.” (SILVA, 1997, p. 59).

Em 17 de julho de 1947, nas instalações do Instituto Bíblico do Maranhão - IBM, por ocasião da Convenção Anual em Barra do Corda, sob a presidência do Secretário da UFM Rev. Carlos Sarginson, foi fundada uma organização para coordenar o trabalho dos obreiros formados pelo Instituto Bíblico.

Como as igrejas estavam plantadas mais ao norte do Brasil, a denominação definitiva ficou sendo Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Norte do Brasil – AICENB.

Foi eleito como seu presidente, George Thomas, então Diretor do Instituto Bíblico. A AICENB foi fundada “para melhor atender as necessidades das igrejas nesta nova fase de seu desenvolvimento.” (SILVA, 1997, p. 59).

A organização da AICENB oficializou o trabalho, em caráter permanente, destes missionários no Brasil. Agora eles já sabiam para onde vinham, não era mais um trabalho solto, tinha um objetivo definido que era o fortalecimento da AICENB. “Os missionários que apoiavam a iniciativa promoviam uma verdadeira mobilização de forças para ocupar outras cidades e povoados do interior, abrindo novos pontos de pregação.” (SILVA, 1997, p. 61)

Os alunos formados pelo IBM ingressavam no quadro de obreiros da AICENB e assumiam o trabalho, não como auxiliares, mas na liderança da igreja. Mais missionários estavam chegando de vários países e fortaleciam ainda mais o grupo que já estava aqui. Muitos lugares ainda não evangelizados foram alcançados através deste esforço conjunto. “Enquanto isto acrescentava-lhes o Senhor, os que iam sendo salvos.” (At. 2:47)

George Thomas, então Diretor do IBM, foi eleito presidente da AICENB. Dali em diante outros missionários também assumiram este cargo, acumulando também, a função de Diretor do IBM. Só em 1962 assumiu os cargos de Diretor do IBM e Presidente da AICENB, um brasileiro: Abdoral Fernandes da Silva.



Em 1949 foi criada uma Comissão de Organização e Finanças que tinha como objetivo visitar as igrejas “com o fim de uni-las em uma organização padronizada, com Estatutos adotados pela denominação, e desafiá-las [...] a sustentarem seus próprios obreiros.” (SILVA,1997, p.60).

O  Modus Vivendi entre aicenb e wec[1]
Nestes sete anos seguintes à organização da AICENB, a missão ainda exercia o maior controle da obra. Já pela
maior experiência dos missionários, já porque ela é que tinha os recursos financeiros para a manutenção da maior parte dos obreiros. Fator este que criava uma tensão crescente e desconfortante no relacionamento das duas entida­des em particular, tratando-se de alguns pastores das igrejas. Para contornar a situação, foi resolvido, na Convenção Geral de 1955, estabelecer um Modus Vivendi entre as duas entidades. Esta Medida representava para a AICENB um passo relevante na demanda por sua autonomia.
O       documento fazia separação entre o campo administrativo da missão e o da Aliança. O campo da missão seria constituído pelas igrejas ainda sustentadas por ela e que deveriam ser transferidas para a Aliança quando pudessem se emancipar nos termos da Constituição da AICENB. A missão continuaria subvencionando, não as igrejas, mas a Caixa Geral da Aliança, mediante entendimento entre as duas entidades, por seus diretores. Qualquer propriedade adquirida por ou para uma congregação, seria registrada em nome da AICENB até que fosse organizada a Igreja, e tivesse sua personalidade jurídica. A Aliança ficava com as igrejas e campos já administrados por ela e receberia para sua jurisdição outras igrejas, ao passo que fossem se emancipando. Este Modus Vivendí seria revalidado de dois em dois anos, ou a pedido da parte interessada. Desta maneira, a missão continuava dando sua indispensável contribuição para o crescimento do trabalho, sem interferências nas deliberações da AICENB. Com este acordo, a Aliança teria que se fortalecer como uma entidade denominacional, adquirindo uma estrutura mais firme para conduzir os assuntos de seu próprio interesse. (SILVA, 62)

Como se pode observar, a maior concentração de igrejas da AICENB estava
no Maranhão. Mas, como a sede da Missão era em Belém, havia uma grande
oportunidade para expansão também no Pará. Na década de 50, os missionários da
WEC abriram muitos trabalhos ali. Aos poucos novas igrejas e escolas da missão
foram sendo estabelecidas e em muito ajudaram no crescimento da AICENB.

 
[1] AICENB- Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Norte do Brasil. WEC – Worldwide Evangelization Crusade.