EBD
Teologia do Culto -
Lição 21
CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO - 3ª PARTE
Deus está procurando OS VERDADEIROS ADORADORES.
1º ESTADO DO ADORADOR: A adoração deve ser em espírito
Aqui não se trata do Espírito Santo, pois se perceber que no texto o termo “espírito” está em minúsculo, o que significa o espírito do homem. Esta adoração sairá do espírito do homem para o Espírito de Deus. Do coração do homem para o coração de Deus.
É um momento de profunda intimidade entre o homem adorador e o adorado Deus. “Adorar em espírito é o contrário de adorar de maneira meramente externa. É o contrário do formalismo e do tradicionalismo vazios” (PIPER, 2001, 67). Sai do coração, para o coração de Deus. Sua expressão pode ser externa, mas será uma consequência de sua adoração interna.
Em 1 Ts 5:23, se refere ao homem como um ser tridimensional. É composto de espírito, alma e corpo.
O corpo do homem refere-se ao mundo pelos seus cinco sentidos (consciência do mundo);
A alma do homem é sua própria consciência;
O espírito do homem é a consciência de Deus; Deus é espírito e os que o adoram devem adorar em espírito e em verdade. A única forma de adorar é através do espírito. Isto é, não é a alma ou corpo que adoram, mas o espírito.
PIPER (2001, 68) diz que a adoração implica em algum tipo de ação externa como “curvar-se, erguer as mãos, orar, cantar, recitar, pregar” ou ficar quieto, em silêncio. O impressionante é que todas estas ações podem ser feitas sem sentido, vazias e em vão.
Cristo, citando o profeta Isaías disse: “‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens”. (Mt 15:7,8,9).
Como se pode adorar a Deus em vão? “Um ato de adoração é vão e fútil quando não vem do coração” (PIPER, 2001, 68). Por isso todas as ações, supramencionadas, devem ser feitas em espírito e em verdade, pois só há adoração quando Deus aceita.
Não é porque os atos da vontade são expressos de forma exterior que são autênticos (curvar-se, erguer as mãos, orar, cantar, recitar, pregar). A vontade pode estar presente, por vários motivos, mas o coração pode estar longe, não está envolvido.
“A atuação do coração na adoração é o despertar de sentimentos, emoções e afetos do coração” (PIPER, 2001, 70). E onde os verdadeiros desejos do coração de adorar a Deus em espírito e em verdade não existem, também, não existe genuína adoração.
Adoração é uma resposta do coração do adorador ao Deus adorado. Vejamos algumas respostas do coração ao reconhecer a santidade majestosa de Deus no ato da adoração em espírito e em verdade:
Inicia com a contemplação e sobe até a consagração – Isaías 6:1-8.
Contemplação – Vi o Senhor (Is 6:1-4)
Temor – Ai de mim (Is 6:5)
Arrependimento e Perdão – Brasa, (Is 6: 6,7)
Relacionamento com Deus – (Is 6: 8)
Consagração – Eis-me aqui (Is 6:8)
Estas respostas do coração evitam que a adoração seja em vão. “Sem a participação do coração, não adoramos de verdade”. (PIPER, 2001, 71).
Podemos cantar, recitar, gesticular o quanto quisermos, mas não será adoração verdadeira. Adoração acontece quando afetos espontâneos brotam no coração.
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