terça-feira, 22 de setembro de 2015

EBD - Teologia do Culto
 

 Lição 26

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO

3.Comunhão horizontal e vertical 
 1ª PARTE

O termo comunhão vem do grego koinonia e significa conforme a definição de Taylor, “participação, quinhão, comunicação, auxílio, contribuição, sociedade, comunhão, intimidade, ‘cooperação’.”

“Esta comunhão existente entre os membros da Igreja em Jerusalém, expressava a prática de Jesus que havia sido repassada pelos apóstolos, mostrando que a vida em comum era dever dos discípulos de Cristo” (OLIVEIRA, 9).

Não se tratava de nenhum movimento comunista que prega a igualdade social sem direito a ter bens pessoais, mas expressava o que haviam aprendido com Cristo e que agora deveria ser a prática da igreja (At. 4: 32).Esta comunhão também se expressa no ato do batismo (Rm 6:1-5; Cl 3:1-4) e da ceia do Senhor (1 Co 11:23-26).

“A celebração da ceia representava a união dos crentes com Cristo e a união entre eles mesmos, como um meio eficiente de manterem-se fortes a fim de sustentarem sua condição de crentes dentro de Jerusalém” (OLIVEIRA, 10).

GRUDEM complementa dizendo que
"[...] a ceia do Senhor aponta para uma refeição de comunhão mais maravilhosa na presença de Deus, no futuro, quando a comunhão do Éden será restaurada e haverá então uma alegria ainda maior, porque os que comem na presença de Deus serão pecadores perdoados, agora confirmados em justiça, incapazes de pecar outra vez."

A igreja primitiva já nasceu com quase 3 mil membros. Se é difícil manter a comunhão em uma igreja do tamanho das que conhecemos hoje, por causa da chamada “incompatibilidade de gênios”, imagine naquela igreja com 3 mil membros.

CONTINUA

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

160ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 106  

2ª Parte  

Pondo Deus a Prova

Uma vez o povo se rebelou no deserto porque estava sentindo falta da comida do Egito e perguntou: “Quem nos dará carne?” (Nu 11). O povo pôs Deus a prova. A resposta de Deus foi lhe dar muitas codornizes durante um mês.

O povo comeu até se fartar e ainda estava comendo quando a ira de Deus se acende contra o povo, lhe ferindo com pragas. Muitos morreram. (Nu 11:33,34). “Deus satisfez o desejo do seu coração, mas lhe fez definhar a alma” (15).

Após lembrar o povo sobre tudo o que fez e sobre a ação de Deus, o salmista continua sua oração pedindo livramento do exílio. Ele reconhece que o Senhor é bom. Mesmo vivendo aquela situação, Deus é bom.

AVALIAÇÃO

Não somos diferentes dos israelitas. Quantas vezes não cometemos os mesmos erros dos nossos antepassados? Apesar de sabermos das consequências dos nossos atos, continuamos fazendo.

Se olharmos para traz veremos o quanto Deus já lutou e venceu por nós. Quantas necessidades já foram supridas. De quantos males nos livrou. E, em troca duvidamos de que Ele seja capaz de continuar nos abençoando.

Muitas vezes até fazemos prova de Deus. Outras tantas vezes sentimos falta da vida que tínhamos antes ou ainda, queremos viver como os ímpios vivem por acharmos que são felizes. E o Senhor nos permite isso.

Ele satisfaz o desejo do nosso coração, mas nos faz definhar a alma (15). Ele tinha algo melhor para nós, mas como insistimos muito, permitiu. Então descobrimos, as vezes tarde, que felicidade, paz, alegria, tranquilidade de espírito mesmo, só na companhia de Deus.


Livra-nos Senhor de nós mesmos! Rendamos graças ao Senhor porque ele é bom e sua misericórdia dura para sempre (1).

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

EBD - Teologia do Culto


Lição 25

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO 

 7ª PARTE

RESULTADO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO: 

A adoração deve produzir transformação de vida

Qual é o resultado do nosso culto? Ao sairmos daquele momento, há algum tipo de transformação em nossas vidas? O encontro cúltico com Deus fez alguma diferença em nós? E nós, estamos sendo transformados e transformando a comunidade em nossa volta?
Romanos 12: 1,2 diz “não tomeis a forma deste mundo, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente”. Tomar a forma do mundo é fazer, ser e agir como o mundo.
Transformar-se pela renovação da vossa mente é tirar tudo o que não é correto e renovar a mente com sentimentos, atitudes, ações que visem um tornar-se mais parecido com Cristo. Renovar a mente é por conteúdo novo e saudável nela. Como resultado, o que estiver à nossa volta também será transformado e tornado novo.
Nosso culto racional consiste em ter consciência do certo e do errado e deliberadamente nos afastar do errado permitindo que nossa mente seja transformada, alimentada, tornada nova, redundando em práticas cristãs dignas da nossa vocação como salvos, filhos de Deus.
O Presbítero Francisco de Aquino em seu Blog diz:
"Não adianta ter um culto “cheio de manifestações espirituais” se a vida do cultuador não condiz com o Deus Santo que está sendo adorado. Não adianta expulsar demônios, e viver uma vida de desonestidade. Não adianta falar em outras línguas no culto e depois falar mal dos outros.
Não adianta ser dizimista e ofertante, e viver uma vida individualista e sem amor ao próximo. Deus através do profeta Isaias disse que não aceitava mais um culto com aparência e sem essência, um culto apenas de lábios, de coração distante.
O profeta Amós disse que Deus não suportava mais ouvir as músicas religiosas de um povo mergulhado no pecado. O profeta Malaquias afirmou que cultuar ao Senhor sem respeitá-lo e honrá-lo é inútil. O culto é para Deus e não para o homem, deve ser como Ele quer e não ao nosso gosto.
O culto é teocêntrico, e não antropocêntrico. [...] Deus não se impressiona com aquilo que impressiona os homens, prova disso foram as inúmeras repreensões de Deus aos cultos oferecidos a Ele no Antigo Testamento.
O culto é a nossa oferta de amor ao Deus de amor. [...]. Que toda forma de entretenimento seja banido do culto ao Senhor, pois lembremos sempre o culto é para Ele e não para nós."
Transformação pessoal e depois coletiva, como resultado da verdadeira adoração a Deus, deve interferir positivamente na sociedade onde a igreja está inserida (At 2:47).
Deus nos ensine a cultuá-lo de forma correta. Amém!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

EBD - Teologia do Culto
 

 Lição 24

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO 

 6ª PARTE

4º ESTADO ESPIRITUAL DO ADORADOR 

A adoração deve ser de mente – com entendimento

“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” (Rm 12:1).

Para se adorar a Deus em espírito e em verdade é necessário conhece-lo, pois a verdadeira adoração brota de uma vida firmada nas doutrinas bíblicas. Não basta ter sentimentos religiosos, eles devem estar firmados na rocha das verdades bíblicas.

Paulo escrevendo aos Romanos (10:2) diz que havia muito zelo religioso, mas sem entendimento. Era um culto emocional, religioso, apenas. Pouco ou nenhum conhecimento tinham de Deus e de sua Palavra.

A “verdadeira adoração sempre une coração e cabeça, emoções e pensamentos, afeto e reflexão.” (PIPER, 2001, 71). Se não está havendo adoração verdadeira entre o povo de Deus é porque o doutrinamento pela Palavra está sendo fraco. (Am 8:11,12).

Conhecemos a Deus quando conhecemos seus atributos e isto acontece quando estudamos sua Palavra. O profeta Oséias repreendendo Israel por causa da corrupção, inclusive sacerdotal diz “Meu povo está sendo destruído porque lhe faltas o conhecimento.” (Os 4:6).

Não conhecer a Palavra de Deus significa também não conhecer Deus, pois ela revela quem Deus é. Mensagens bíblicas substanciais, hinos com mensagens bíblicas e edificantes e orações teologicamente corretas expressam e inspiram a verdadeira adoração.

Quando cantarmos, precisamos saber o que estamos cantando, se a letra da música expressa, exatamente o que eu estou querendo dizer para Deus ou se ela nos compromete. Quando orarmos, não devemos usar de frases decoradas ou “rezas”.

Não devemos pronunciar palavras mecanicamente ou de forma suntuosa para impressionar os ouvintes. Mas, este momento deve ser para dizer, conscientemente, para Deus exatamente o que está dentro do coração.

Não basta para Deus uma liturgia bem elaborada com ações bem ensaiadas mas que não há compreensão do que está acontecendo. “[...] para Deus é preciso que saibamos o que estamos fazendo, de modo a fazer o que lhe agrada.” (AMORESE, 2004, 26).

Que nossa adoração não seja reduzida a mero cumprimento de dever religioso, mas que seja a resposta de um coração que adora em espírito e em verdade.

159ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 106 

 1ª Parte - Exílios

Este salmo inicia com um motivo de louvor porque Deus é bom e sua misericórdia dura para sempre. 

Ele estava vivendo em estado de exílio em país distante do seu. Mas, tem esperança de que o Senhor se levantará em auxílio do seu povo.

E ele não quer ser esquecido quando isso acontecer, quer ser incluído. Quer voltar para o lar e testemunhar do que Deus fez, quer se alegrar e louvar ao Senhor com os que são Seus.

 Conclui o salmo clamando pela salvação do seu povo que está espalhado entre outras nações para que todos, juntos, cultuem ao Senhor.

APLICAÇÃO

Vários são os exílios que passamos durante nossa vida. Não um exílio onde somos tirados do nosso país e nos mandado para um lugar estranho onde não conhecemos nada e nem ninguém.

Mas, muitas vezes, um exílio pior entre os nossos próprios parentes e amigos. Um exílio de enfermidade que nos tira a liberdade de ir e vir. Um exílio de perseguições que nos tira a paz, alegria e o sono por não sabermos as razões disto. Um exílio espiritual provocado pelo ativismo religioso que nos metemos sem tempo para orar e meditar na Palavra.

Isto nos traz aridez, secura e esfriamento espiritual. Não precisamos viver exilados, pois temos um Deus disposto a nos socorrer, nos libertar destas situações opressoras e nos levar de volta pra casa, um lugar de descanso.

Demos graças a Deus porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre (1). Salva-nos, Senhor, nosso Deus!!!






158ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 105 

 Tu és fiel, Senhor!

O salmista aqui chama o povo para dar graças a Deus por tudo o que já fez por ele. Incentiva-o a proclamar Seu nome entre outras nações bem como os tão grandes feitos de Deus para que saibam qual o Deus Israel segue. 
O Deus que fez uma aliança com Abraão, Isaque, Jacó e Seus descendentes e que cumpre cada parte de Aliança.

O salmista traz à memória do povo o que aconteceu desde a Aliança feita com Abraão quando disse que lhe daria Canaã. Lembra como Deus preparou o palco para resolver a situação da fome de Jacó e seus filhos; da libertação da escravidão egípcia; da proteção no deserto dia e noite bem como o suprimento de cada necessidade.

O objetivo de tanto cuidado e zelo era para que seu povo reconhecesse quem é Deus e obedecesse os seus decretos e guardasse sua Lei (45).

Conclui com um brado de Aleluia! por ver que Deus promete e cumpre suas promessas e que é a esse Deus que todos devem dar graças e proclamar seu nome. E, na necessidade, é a Ele que devem recorrer (1-4) e não a deuses estranhos.

APLICAÇÃO

Se formos escrever todas as benesses de Deus realizadas em nossa vida, certamente muitos volumes seriam escritos.

Neles entrariam mesmo aqueles momentos difíceis, mas que se transformaram em grandes aprendizados e bênçãos para nós. Entrariam, pois através deles fomos abençoados e com a experiência adquirida podemos abençoar outros.

Tudo o que acontece em nossa vida visa o nosso aperfeiçoamento. Mas, isso só acontecerá se tivermos uma atitude positiva de que, apesar de não entendermos os “porquês” será para o nosso bem (Rm 8:28). Também servem para nos aproximar mais de Deus.

Já perceberam que nos momentos difíceis corremos para Ele? A orientação do salmista é para que recorramos a Deus, que busquemos sempre a sua presença (4). Ou seja, não devemos fazer isso só nos momentos difíceis, mas a cada instante.

Como não fazemos isso, o Senhor nos permite passar por provações para saber o que está em nosso coração.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

157ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 104 

Renovação da Espécie

Esta composição é um reconhecimento dos grandes feitos de Deus no universo. Em sua imaginação limitada o salmista tenta descrever a grandiosidade do esplendor majestoso de Deus (1,2). Reconhece também a sabedoria e controle absoluto de Deus sobre o universo e tudo o que nele há.

Então irrompe em um cântico de louvor por tudo o que Deus fez. Ele firmou a terra para que não caísse; criou e faz a manutenção de tudo. Dá a vida, leva a vida e dá a vida a outros promovendo, assim, a renovação das espécies.

Determina a função de cada astro, vegetal, mineral e de tudo o mais que, com grande sabedoria criou. O coração do salmista não se aguenta diante de tudo isso. Então diz: “Bendiga ao Senhor a minha alma! Aleluia!”.

APLICAÇÃO

Aprendemos a dizer que Deus está no controle de tudo, mas quando, por exemplo perdemos um ser querido questionamos que poder é este que não impediu que ele se fosse?

Os versos 29-30 mostram essa dinâmica da vida, morte, vida, morte que é igual a renovação das espécies criadas por Deus. Doe, é bem verdade! Mas até a morte está sob o controle de Deus e tem sua função definida que é a renovação das espécies (30).

Tudo foi sabiamente criado por Deus, com objetivos e funções bem definidas. Somos parte desta criação com a função de glorificar a Deus, exaltá-lo, bendizê-lo, adorá-lo em seu majestoso esplendor.

Devemos reconhecer que nada, absolutamente nada, foge ao seu controle e seus propósitos. O que podemos fazer diante de um Deus como este senão irrompermos em louvor por tudo o que tem feito no universo e, pessoalmente em nós? “Bendiga o Senhor a minha alma”.
EBD


 Teologia do Culto

 Lição 23

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO 

 5ª PARTE

3º ESTADO ESPIRITUAL DO ADORADOR – A adoração deve ser pelo Espírito

No Antigo Testamento o Espírito Santo é apresentado como sendo por nós. Já no Novo Testamento Ele é apresentado como vivendo conosco e em nós (Jo 14:17). Em João 14 a 16, Jesus se refere ao Espírito Santo como “Ele”. Isto significa que o Espírito não é apenas uma “força” ou uma “coisa” como muitos difundem. Mas, é uma pessoa e, como tal, faz coisas que uma força não faria.

Quem é o Espírito Santo? Ele é a terceira pessoa da Trindade. Ele tem todas as características de Deus. Ele é Deus. Ele é eterno (Hb 9:14); Ele é onipotente. (Lc 1:25). Ele é onipresente (Sl 139:7); Ele é onisciente (1 Co 2:10,11); Ele é Santo (Mt 1:20) entre muitos outros atributos.

“Nós adoramos a Deus pelo seu Espírito” (Fp 3.3). Se o Espírito Santo é Deus, então é o próprio Deus quem nos leva a adorá-lo.

Não são as muitas técnicas utilizadas pelo homem que levam alguém a adorar a Deus. Não são as muitas palavras de alguém em frente de uma congregação que seriam capazes de levá-la a adoração a Deus.

Não é, nem tão pouco, uma liturgia bem elaborada, um ministério de música bem capacitado e ensaiado que levará o cultuante a adorar verdadeiramente a Deus.

Dependendo do conteúdo ou da forma como são executadas estas ações elas podem, até impedir alguém de adorar a Deus naquele momento.

Em João 15:5 diz: “Sem mim nada podeis fazer.” Isto significa que não adianta tentar fazer nada e, muito menos, adorar a Deus sem Ele.
EBD
 

Teologia do Culto 

 Lição 22
CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO

 4ª PARTE

2º ESTADO DO ADORADOR: A adoração deve ser em verdade

Adorar em verdade e fazê-lo sem mentira, sem hipocrisia, sem falsidade, sabendo o que está fazendo. Adorar com conhecimento de Deus através da sã Doutrina. “Adorar em verdade é o contrário da adoração baseada em um entendimento inadequado de Deus.” (PIPER, 2001, 67).

Não basta para Deus uma liturgia bem elaborada com ações bem ensaiadas, mas que não há compreensão do que está acontecendo. “[...] para Deus, é preciso que saibamos o que estamos fazendo, de modo a fazermos o que lhe agrada” (AMORESE, 2004, 36).

Adorar através da música é cantar sabendo o que está cantando. Não cantar só porque está na moda ou na transparência. Adorar através da oração é orar sabendo o que está dizendo e não reproduzir palavras e frases decoradas e mecânicas.

Adorar através do testemunho é reconhecer, exatamente, o que Deus tem sido em sua vida, em quais situações Deus tem se revelado.Deus é espírito e essa adoração deve ser em espírito e em verdade. “Aqueles que verdadeiramente adoram são aqueles que seguem a Deus em seu espírito, mas fazem de acordo com a verdade da palavra de Deus”.

Adorar em verdade é adorar sem mentira, hipocrisia, sabendo exatamente o que está fazendo e o que está dizendo seja em forma de oração, música, declaração, testemunho. A oração mecânica nos leva ao afastamento da adoração em verdade.

É comum se ouvir frases como estas, por exemplo: “Senhor, pedimos agora a tua presença em nosso meio.” Se nós somos salvos o Espírito Santo habita em nós, se ele habita em nós onde estivermos ele estará também, portanto não há necessidade de fazermos este pedido.

A mesma coisa acontece com o que cantamos, pois muitas vezes não expressa o que estamos sentindo, o queremos dizer ou menos ainda o que um salvo deve dizer. Exemplo CC 167 - “eu te adoro, sempre imploro, ó Jesus habita em mim”.

Só pode adorar aquele que já tem Jesus em sua vida, porque então pedir para Ele vir e habitar? A não ser que o cantor não seja salvo. Mas se ele não é salvo, não pode adorar a Deus em espírito e em verdade.

Quando uma música conclama alguém a vir do jeito que está para adorar, está dizendo que não precisa confessar pecados ou se reconciliar com Deus, pois Ele aceitará a adoração. Mentira.

Vir do jeito que está para salvação, sim: “Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei” (Jo 6: 37), mas para adoração, não.

Deus não aceita adoração de alguém que está de qualquer jeito. A Bíblia relata o caso de dois filhos do Sumo Sacerdote que tentaram fazer isto: “Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu incensário, nos quais acenderam fogo, acrescentaram incenso, e trouxeram fogo profano perante o SENHOR, sem que tivessem sido autorizados.

Então saiu fogo da presença do SENHOR e os consumiu. Morreram perante o SENHOR.” (Lv 10: 1,2) Este foi um pecado de desobediência. Na Lei judaica havia regras bem claras para se apresentar ao Senhor e a purificação dos pecados era uma delas, mas eles vieram como estavam. Deus não aceitou e ainda os fulminou.

Cantar, orar ou prestar qualquer outra forma de adoração a Deus sem saber o que está fazendo pode ser perigoso e ainda mais, não é aceito por Deus. Adoração em espírito e em verdade é a adoração que sai do mais profundo ser do adorador, sabendo, exatamente, o que está fazendo para o coração de Deus, o Ser adorado.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

EBD
 
Teologia do Culto - 

Lição 21

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO - 3ª PARTE

Deus está procurando OS VERDADEIROS ADORADORES.

1º ESTADO DO ADORADOR: A adoração deve ser em espírito

Aqui não se trata do Espírito Santo, pois se perceber que no texto o termo “espírito” está em minúsculo, o que significa o espírito do homem. Esta adoração sairá do espírito do homem para o Espírito de Deus. Do coração do homem para o coração de Deus.

É um momento de profunda intimidade entre o homem adorador e o adorado Deus. “Adorar em espírito é o contrário de adorar de maneira meramente externa. É o contrário do formalismo e do tradicionalismo vazios” (PIPER, 2001, 67). Sai do coração, para o coração de Deus. Sua expressão pode ser externa, mas será uma consequência de sua adoração interna.

Em 1 Ts 5:23, se refere ao homem como um ser tridimensional. É composto de espírito, alma e corpo. 
O corpo do homem refere-se ao mundo pelos seus cinco sentidos (consciência do mundo);

A alma do homem é sua própria consciência;
O espírito do homem é a consciência de Deus; Deus é espírito e os que o adoram devem adorar em espírito e em verdade. A única forma de adorar é através do espírito. Isto é, não é a alma ou corpo que adoram, mas o espírito.

PIPER (2001, 68) diz que a adoração implica em algum tipo de ação externa como “curvar-se, erguer as mãos, orar, cantar, recitar, pregar” ou ficar quieto, em silêncio. O impressionante é que todas estas ações podem ser feitas sem sentido, vazias e em vão.

Cristo, citando o profeta Isaías disse: “‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens”. (Mt 15:7,8,9).

Como se pode adorar a Deus em vão? “Um ato de adoração é vão e fútil quando não vem do coração” (PIPER, 2001, 68). Por isso todas as ações, supramencionadas, devem ser feitas em espírito e em verdade, pois só há adoração quando Deus aceita.

Não é porque os atos da vontade são expressos de forma exterior que são autênticos (curvar-se, erguer as mãos, orar, cantar, recitar, pregar). A vontade pode estar presente, por vários motivos, mas o coração pode estar longe, não está envolvido.

“A atuação do coração na adoração é o despertar de sentimentos, emoções e afetos do coração” (PIPER, 2001, 70). E onde os verdadeiros desejos do coração de adorar a Deus em espírito e em verdade não existem, também, não existe genuína adoração.
Adoração é uma resposta do coração do adorador ao Deus adorado. Vejamos algumas respostas do coração ao reconhecer a santidade majestosa de Deus no ato da adoração em espírito e em verdade:
Inicia com a contemplação e sobe até a consagração – Isaías 6:1-8.

Contemplação – Vi o Senhor (Is 6:1-4)
Temor – Ai de mim (Is 6:5)
Arrependimento e Perdão – Brasa, (Is 6: 6,7)
Relacionamento com Deus – (Is 6: 8)
Consagração – Eis-me aqui (Is 6:8)


Estas respostas do coração evitam que a adoração seja em vão. “Sem a participação do coração, não adoramos de verdade”. (PIPER, 2001, 71).

Podemos cantar, recitar, gesticular o quanto quisermos, mas não será adoração verdadeira. Adoração acontece quando afetos espontâneos brotam no coração.
156ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 103

Bendize ó Minha Alma ao Senhor!

Davi rende a Deus um culto de louvor e adoração pelas muitas bênção derramada em sua vida e por tudo o que o Senhor tem sido para ele. Este culto é feito em espírito e em verdade onde todo o seu ser reconhece quem é Deus.

Então passa a relatar isso. Deus é perdoador, curador, resgatador, bondoso e compassivo, doador de muitas bênçãos, renovador, justo, defensor, guiador, misericordioso, paciente, amoroso, leal, majestoso, dominador do universo.

Conclui conclamando a todos para reconhecerem isso e juntos bendizerem o Seu nome. Ele mesmo não quer se esquecer disso por toda a sua vida e por isso diz: “Bendiga o Senhor a minha alma, e não se esqueça de nenhum dos seus benefícios.

APLICAÇÃO

Quantas vezes não corremos para Deus diante de situações difíceis e tão logo o Senhor nos acode, viramos-lhe as costas, até o próximo sufoco. O salmista nos adverte para não nos esquecermos de nenhum dos seus benefícios para conosco, não importando quais, se são resultados da provação ou das bênçãos corriqueira.

Muitas destas bênçãos, talvez nunca nos lembramos de agradecer. Quantas vezes agradecemos pelo sol, ar, agua, as árvores, entre outros benefícios sem os quais morreríamos?

A lista de Davi aqui apresentada sobre alguns atributos de Deus é grande. Quantas vezes agradecemos a Deus pela realidade destes atributos em nossa vida? Ele é amoroso, perdoador, curador, justo, leal, majestoso, doador de muitas bênçãos.

“Bendize ó minha alma al Senhor e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios” (2).

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

155ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 102 

   Pai, tá doendo!

Esta é a oração de um jovem aflito que derrama todo o seu lamento diante do Senhor. Parece doente da alma, do espírito e também, do corpo. Isso está lhe levando para a morte (23).

Então grita pelo socorro divino, pois sua vida está se esvaindo; seus ossos e coração foram atingidos; seu corpo é só pele e osso; não se alimenta direito; não consegue dormir; a solidão o atormenta. E como se não bastasse, os seus inimigos zombam dele o tempo todo e usam o seu nome para fazer o mal.

Diante deste sofrimento todo se sente como se Deus o tivesse abandonado. Sentindo que estava chegando a sua hora grita pela misericórdia de Deus: “Ó Senhor, não me leves no meio dos meus dias!” (23, 24).

No meio de sua oração (12-28) o jovem salmista para e inclui um hino reconhecendo o profundo amor de Deus pelo seu povo e quão misericordioso Ele é. Então diz que certamente lhe responderá suas orações (17-20).

APLICAÇÃO

Todos nós estamos sujeitos a passarmos pelas mesmas dificuldades que este jovem salmista passou. Temos o direito de abrir nosso coração em desabafo para Deus e dizermos, exatamente, o que está nos afligindo. Seja ele um sofrimento físico, espiritual ou emocional.

Não precisamos esconder nada de Deus, até porque ele sabe pelo que estamos passando. Mas, precisamos verbalizar para que nós mesmos entendamos, exatamente, o que estamos sentindo.

Também não precisamos passar por nada sozinhos, pois não aguentaríamos. Temos Deus e o seu povo que poderão vir em nosso auxílio de várias formas.

Deus permite que passemos por certas situações para podermos ajudar as outras pessoas que estiverem passando dificuldades e “com a consolação que fomos consolados, possamos consolar a outros (2 Co 1:4-7).

ORAÇÃO

terça-feira, 1 de setembro de 2015



EBD

Teologia do Culto 

Lição 19

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO

2ª PARTE

O culto evangélico tem 3 características:

1. Pregação da Palavra

A pregação da Palavra é uma das formas de Deus nos instruir e ela deve ser:
CONTINUAÇÃO ....

a) Para nos ensinar o que Jesus ensinou – “ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28:20). Este ensino visa o crescimento pessoal. Em Atos 2:42 mostra a perseverança daqueles novos convertidos ao cristianismo.

Cada um estava saindo de uma forma religiosa diferente do cristianismo e tinha necessidade de saber mais sobre as doutrinas cristãs ensinadas pelos apóstolos. Queria conhecer mais sobre Deus a quem amava e servia agora.

b) Para nos ensinar a fim de sermos protegidos das falsas doutrinas – “Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos.” (Mt 24: 24).
Os falsos profetas, deliberadamente, torcem o sentido da Palavra.

Eles até permitem que o homem use a Bíblia Sagrada, mas torcem o seu sentido de forma que a verdadeira orientação bíblica não seja conhecida e obedecida. Com isto, o caminho oferecido para trilhar, em vez de aproximar o homem de Deus, o distancia por praticar ações contraria ao que de fato prescreve a Palavra de Deus, levando-o a um destino desastroso (2 Pe 2:1-3).

Se a igreja conhece bem as doutrinas cristãs não será enganada por falsos mestres.

Muitos, na busca pela salvação e não conhecendo as verdades bíblicas, saem por ai criando teorias e “teologias”, usando a própria Bíblia para justificar suas ideias. Também, usam muitos métodos diferentes da cruz de Cristo, dando origem a vários movimentos religiosos.

Gálatas 1:8 diz: “Mas ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!”. Paulo adverte aos gálatas para não aceitarem outra mensagem diferente da que ele havia pregado, mesmo que ela fosse anunciada por anjos.

Só será possível detectar um falso ensino se houver conhecimento das verdades bíblicas. E só há conhecimento das verdades bíblicas se houver um estudo sério da Palavra.

c) Para nos ensinar a fim de ensinarmos a outros – Paulo exorta seu discípulo Timóteo a fazer isto. “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros.” (2 Tm 2:2).

A pregação da Palavra tem um caráter educador. Ela não deve ser apenas para auto crescimento. Mas, aquilo que aprendermos, devemos ensinar a outros a fim de que cresçam junto conosco até que todos “cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4:13).

Em Mateus 28: 20 tem uma ordem de Cristo para que os discípulos fizessem com outros o que foi feito com eles. Os que aprenderam, agora, tinham a responsabilidade de passar para outros e foi graças à obediência de muitos que hoje nós conhecemos a Sá Doutrina. Cabe a nós darmos continuidade, com perseverança, a este ensino.

Como podemos aprender sobre a Bíblia e suas verdades? Perseverando no seu estudo. As seitas doutrinam, muito bem, seus adeptos. E quando eles veem nos catequizar, muitas vezes ficamos sem argumentos diante deles. Porque? Por falta de conhecimento sólido, profundo e correto das doutrinas bíblicas. Porque isto acontece? Por falta de perseverança no estudo sistemático da Bíblia. Falta de perseverança na doutrina dos apóstolos.