terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

EBD - TEOLOGIA NO CULTO

Lição 50

CAPÍTULO 6 - CONTINUAÇÃO

2. CUIDADOS COM A MÚSICA NA IGREJA

• Evitando Letra cujo sentido não é claro.

Algumas letras das músicas que cantamos nos cultos não são claras, dando a igreja a possibilidade de fazer algumas interpretações. Vejamos dois exemplos de músicas que podem levar a congregação a uma interpretação dúbia.

Veja a letra desta música: “Não apenas de palavras, reina hoje”. Fazendo uma investigação em sala de aula perguntei como entendiam esta frase.

Pelo menos duas interpretações surgiram. Primeira: palavra de quem? palavra de Deus? é como se o compositor estivesse dizendo para Deus: “não apenas de palavras Senhor, reina mesmo, não me engana que não gosto”.

Segunda: minhas palavras? Aqui o compositor diz pra Deus: “eu estou falando sério, não são apenas palavras, reina mesmo”. Afinal, palavras de quem?

Veja outro exemplo: “Vem assim como estás para adorar”. Esta é uma canção muito cantada nos cultos a Deus. Aqui há uma grande possibilidade de uma interpretação assim: “você não precisa arrumar sua vida diante de Deus, vem assim mesmo para adorar.”

Caim tentou cultuar a Deus vivendo de forma errada e não deu certo. Deus disse: “Se procederes bem não é certo que serás aceito? (Gn 4:3-7)”. Deus não aceitou o culto de Caim não foi porque era um fruto de sua roça, mas porque ele não estava procedendo bem em seu viver.

Nadabe e Abiu, também tentaram, mas foram queimados, pois não agiram conforme a Lei prescrevia (Lv 10:1,2). E por aí vai. Na Bíblia há outros relatos de pessoas que tentaram vir e adorar a Deus do jeito que estava e não deu certo. Deus não recebe qualquer coisa nem de qualquer jeito só porque dizemos que é para ele.

Outra possibilidade de interpretação da frase “Vem assim como estás para adorar” é: talvez o cultuante esteja sofrendo por alguma dificuldade na vida e naquele momento não se sente muito disposto a adoração. Então a mensagem desta letra diz pra ele adorar, apesar das dificuldades.

Já ouvi pessoas tentando justificar certos conteúdos não muito claros numa composição, como sendo a famosa “licença poética”. Ou dizendo: “O que o autor estava querendo dizer era ...”.

Primeiro, não podemos aceitar a obscuridade nas músicas que serão usadas para cultuarmos a Deus, em nome da “licença poética”. Segundo: O autor não está presente em cada culto para explicar qual sua verdadeira intensão ao escrever aquilo.

Portanto, não podemos correr o risco de cantar uma música que não entendemos o seu significado, só porque alguém escreveu e está sendo ofertada na igreja para se cantar.

A letra de uma música cantada nos cultos deve ser bastante clara. O suficiente para não dá margem para várias interpretações, pois pode ser que uma delas autorize o cantante a fazer o que não é correto diante de Deus. Nós não temos controle de como as pessoas interpretarão as mensagens das músicas.

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