sexta-feira, 16 de outubro de 2015

EBD - Teologia do Culto - Lição 31


CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO

PARTES DE UM CULTO - 2ª Parte

2. Partes de um culto

Normalmente os adoradores se reúnem em um local pré-determinado para cultuar a Deus. Esta programação pode ter a duração de uma ou mais horas.
Dentro dela pode acontecer várias atividades tais como os comunicados, as apresentações dos que estiveram presentes, os agradecimentos e o culto propriamente dito, bem como outras atividades que o grupo desejar realizar.
Ficam fora do momento do culto, mas, dentro da programação do dia -
As apresentações dos que estiveram presentes, os agradecimentos, os comunicados e quaisquer outras atividades que não têm como objetivo a adoração a Deus, mas que são importantes para o grupo que ali está.

Na liturgia, estas atividades não podem ser intercaladas com as partes do culto. Ou elas são feitas antes ou depois da realização do culto, mas nunca dentro, pois não são dirigidas à Deus nem visam a comunhão mútua.
Fazem parte do culto a Deus – momento da mais elevada homenagem e adoração a Deus.
Prelúdio; Testemunhos; Leitura Bíblica; Ofertas; Mensagem; Orações; e quaisquer outras atividades que forem realizadas visando prestar esta adoração a Deus. Temos que ter cuidado para não inibir a ação do Espírito Santo que muitas vezes fica sem liberdade para agir por causa da liturgia planejada, cronometricamente, pelo dirigente culto.
1- Prelúdio – O Novo Dicionário Aurélio define como sendo o “Ato ou exercício prévio. Iniciação. Aquilo que precede ou anuncia alguma coisa. Introdução instrumental ou orquestral de uma obra musical. [...]”. Como este prelúdio pode ser feito no culto: instrumental, musica congregacional, solo, oração, leitura bíblica.
Conforme MURADAS (1999, p. 71), este momento “não deve ser utilizado para ensaio, mas para uma preparação” do culto que se inicia. O prelúdio convida a congregação à adoração. Esta parte pode ser feita através de música instrumental, coral, solo, entre outros. Ele marca o início do culto a Deus.
2- Oração Congregacional – Oração é o “privilégio supremo dos cristãos, concedido por Deus ao elevá-los à categoria de filhos. A oração só é possível dentro da família de Deus: é o exercer os direitos de filhos no contexto dessa família (Rm 8:15 e Gl 4.6).” (Adoração e Louvor, 2001, p.11).
Ela é a oportunidade que Deus deu aos seus filhos de falarem com Ele. Pode ser oração de louvor e adoração, confissão de pecados, pedidos, agradecimentos, entre outros. Música suave e com o mínimo possível de instrumento, pode ser tocada neste momento. Não é necessário, se a igreja prefere assim.
CONTINUA ...

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

164ª 

REFLEXÃO EM SALMOS
Salmo 107 
 4ª Parte 

 Vivendo Perigosamente

CONTINUAÇÃO ........

Este Salmo é a expressão de louvor dos grupos que passaram por dificuldades diversas. Alguns escolheram se distanciar dos caminhos do Senhor.

Outros eram prisioneiros das correntes infernais. Outros, ainda, passaram por perigosas enfermidades.
Tudo isso porque elas mesmas criaram situações que lhes trouxeram consequências desastrosas. Mas, elas clamaram ao Senhor e ele as livrou dos seus problemas.
Neste texto de 23-32 mostra mais um grupo que passou por dificuldades, foi liberto e agora é chamado para dar graças a Deus. Estas são pessoas que se meteram em perigo, escolheram viver em situação de risco.
APLICAÇÃO
Se fizermos um retrospecto de nossa vida, perceberemos que nos metemos, deliberadamente, em algumas situações de risco. Pagamos um preço alto por esta escolha que, no máximo, satisfizeram um desejo de nossa carne de forma rápida. Mas, suas consequências não foram tão rápidas assim.
Escolhemos pecar porque é bom e satisfaz, momentaneamente, a nossa carne. Escolhemos nos distanciar de Deus porque queremos viver independentes dele, sem lhe dar satisfação ou conta dos nossos atos. Achamos que podemos cuidar de nós mesmos sozinhos.
Cometemos erros que nos levaram a uma situação física deplorável. Tudo isso porque, em algum momento, quisemos viver perigosamente. Mas, as consequências sempre vêm.
Nós podemos fazer nossas escolhas, mas não podemos escolher as consequências das nossas escolhas.
Senhor, tem misericórdia de nós!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

173ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 115 

 “Só a teu Deus adorarás”

Este salmo mostra a diferença entre o Deus verdadeiro, único digno de louvor e adoração e os outros deuses que são feitos por mãos humanas. Estes deuses não ouvem, não veem, não apalpam, não sentem cheiro, para andar precisam ser carregados (4-7). Ou seja, não têm vida em si, são mortos.

O texto diz: que se tornem semelhantes a estes deuses aqueles que os fazem e os adoram (8). Bem, se os seus ídolos não têm vida, que se tornem assim aqueles que os fazem e os adoram. Um ser morto jamais poderá adorar ao Deus vivo e verdadeiro. Até porque Deus não aceitaria sua adoração. 

O salmista conclama ao povo de Deus, que teme ao Senhor, que tem sua morada nos céus (3) a cultuar somente a Ele e a bendizer o seu nome para sempre. Para estes, o Sacerdote pede as bênçãos de Deus. 

APLICAÇÃO

Um dia estávamos mortos em nossos delitos e pecados mas o Senhor nos deu vida e vida eterna (Ef 2:1). Nesta posição de filhos de Deus, agora podemos e devemos louvar, adorar e cultuar somente Ele. Os que ainda estão afastados de Deus não poderão fazer isto, mesmo que tentem. 

Este é um privilégio dos que já nasceram em Cristo Jesus. Os que já o receberam como único e suficiente Salvador. Os deuses feitos por mãos humanas não têm competência para dar nada e muito menos vida a ninguém, pois nem eles mesmos têm vida. 


Paremos e avaliemos quão grande privilégio temos em poder adorar ao Deus vivo que não necessita de mãos humanas para ser carregado. Mas, muitas vezes não o fazemos. Negligenciamos esta bênção. As vezes até desviamos nossa adoração para seres inferiores. 

Mas, Jesus Cristo nos adverte de que “Somente a Deus devemos adorar e somente a Ele devemos prestar culto” (Lc 4:8). O que passa disto e idolatria, pecado abominável a Deus. 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

EBD
 

Teologia do Culto - Lição 29

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO

3.Comunhão horizontal e vertical 

 4ª PARTE

CONTINUAÇÃO ...

Em Isaías 59:1-3 mostra o que acontece quando os filhos de Deus tentam comunhão com Ele da forma errada. “Deus não os ouve”.
Neste caso é em vão todo aquele momento de “culto” muito bem elaborado, com programação perfeita, música muito bem ensaiada, com os melhores músicos, testemunhos comoventes, participações espetaculosas, orações bem declamadas.
Deus não os ouve. É em vão tentar adorar, louvar, cultuar a Deus estando com a vida incorreta diante de Dele. Deus não aceita.
Em 1 João diz: “Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.” (1 Jo.1.3).
É como se ele dissesse: “nós temos comunhão com o Pai, queremos que vocês tenham comunhão conosco, consequentemente, comunhão com o Pai.” Aqui vemos a exortação para nós desenvolvermos comunhão vertical e horizontal. Ou ela será incompleta.
Muitas igrejas incluem no meio do culto um momento chamado de “comunhão” onde se escolhe uma música de “comunhão” e o dirigente pede para que a igreja se levante e desenvolva “comunhão” se abraçando mutuamente.
Temos que ter cuidado com este momento, pois o fato da igreja obedecer ao comando para distribuir abraços não significa que há comunhão verdadeira naquele ato. Um dos perigos detectados nesta ação é que algumas pessoas estão usando aquele momento para se aproveitar do sexo oposto em nome da "comunhão".
Uma vez um homem casado disse: “este é o momento que mais gosto no culto. Aproveito para tirar uma “casquinha” nas garotas.”
Outro cuidado neste momento é que muitas pessoas não gostam de toques, abraços e se sentem pouco confortável com esta prática. Uma pessoa disse em um culto onde mandaram levantar no momento da música de comunhão: “só espero que não me mandem abraçar ninguém!”
A comunhão horizontal deve ir além deste momento de abraços no momento do culto. Eu posso abraçar e não ter comunhão verdadeira com alguém. O faço apenas porque é uma prática da igreja. Eu posso não abraçar, mas ter a comunhão que Deus exige para receber meu culto.
O culto é um momento de comunhão verdadeira com Deus (vertical) e com o próximo (horizontal). Não havendo esta comunhão este “culto” não será recebido. Pois, só há culto quando Deus recebe.
Para refletir:
1. O que temos pregado tem produzido transformação na vida dos ouvintes? Como?
2. A adoração tem sido um mero formalismo ou estamos adorando em espírito e em verdade?
3. Há comunhão verdadeira em nosso meio, ou estamos apenas tendo atitudes e ações fingidas de comunhão?

quinta-feira, 8 de outubro de 2015


162ª 

REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 107 – 2ª PARTE 

Ex-Apenados

Como visto no devocional anterior, 4 grupos foram conclamados a falarem sobre o problema que eles mesmos criaram para si bem como de suas consequências. Mas, clamaram ao Senhor e foram libertos de forma misericordiosa.

Este 2º Grupo vai falar sobre a prisão que se encontravam por viverem nas trevas, totalmente acorrentados, aflitos e sob densas sombras mortais. Eles haviam se rebelado contra a Palavra de Deus e desprezado os desígnios do Altíssimo. Grande peso e sofrimento lhes foi imposto e não havia ninguém que pudesse lhes ajudar.

Mas, em sua aflição clamaram ao Senhor e ele os salvou da tribulação, das trevas, da morte, quebrou as correntes que os prendiam. Agora são convidados a darem graças ao Senhor por tamanho livramento. Reconhecem o profundo amor e misericórdia dispensados por Deus aos quebrar os grilhões que os prendia.
APLICAÇÃO
Mas, um dia fomos resgatados desta situação e salvos do inferno. Hoje temos muitos motivos para agradecermos a Deus por tamanho livramento. Hoje vivemos em novidade de vida.

Em Efésios 2:1-3 diz que antes éramos filhos da desobediência. Vivíamos totalmente acorrentados pelos grilhões do inimigo, vivendo em aflição, separados de Deus, fadados à morte eterna. Grande jugo pesava sobre nós. Éramos rebeldes contra a Palavra de Deus e não obedecíamos ao que ela prescreve.


Há paz, mesmo em meio a sofrimentos. Há alegria, mesmo diante das adversidades. Há segurança de que estamos andando pelo caminho certo, pois a Palavra é a lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119:105).

Mas, não fomos salmos apenas para termos o direito de vivermos para sempre com Senhor. Fomos salvos para anunciarmos estas boas novas a outros que vivem aprisionados pelo inimigo a fim de que tenham, também, este direito.
Pela salvação, devemos dar graças a Deus. Por ele ter nos tirado das trevas para a sua maravilhosa luz.

ALELUIA !!!!!!!!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

161ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

107 - 1ª Parte  

No Fundo do Poço há uma mola

O Salmo 107 inicia o quinto e último Livro desta coletânea. É um cântico festivo que mostra o imenso amor de Deus para com o seu povo. Ele é cantado por quatro grupos diferente. Cada um fala de como Deus o livrou.

Eles são apresentados em forma de ilustração, mas não fogem ao tema central: nós mesmos criamos o problema e agora sofremos as consequências.

Mas, Deus cheio de misericórdia nos livrou de todos eles. A canção orienta aos que passaram por dificuldades e foram agraciados com o livramento de Deus, a renderem graças a ele porque é bom e sua misericórdia dura para sempre.

A 1ª ilustração é de alguém que perambulava por terras áridas sem encontrar lugar seguro. Estava com fome, sede e a ponto de morrer. Mas, clamaram ao Senhor e ele os livrou e os conduziu a um lugar seguro e farto. Este era o seu motivo de agradecimento a Deus (4-8).

APLICAÇÃO

O lugar mais seguro do mundo ainda é nos braços do Pai. Não é raro encontrarmos alguém vivendo em estado de penúria espiritual, moral, física, psicológica e que dizem: “Já fui crente”. Se lhe perguntarmos: “Você era mais feliz antes ou agora?” certamente ouviremos “antes”.

Quantos de nós não nos desviamos pelos nossos próprios caminhos em busca de “outras experiências” ou “conhecer o outro lado da moeda”, ou quaisquer outras motivações. Chegamos ao fundo do poço e não encontramos a “tal felicidade ou satisfação” que parecia existir.

Então clamamos ao Senhor que, com misericórdia e profundo amor, nos dá a mão, nos arranca de lá e nos põe em lugar verdadeiramente seguro, farto de tudo o que realmente precisamos. Por tudo isso, demos graças ao Senhor porque ele é bom e sua misericórdia dura para sempre.
EBD - 


Teologia do Culto - Lição 28

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO

3.Comunhão horizontal e vertical 

3ª PARTE

CONTINUAÇÃO ...

Em Mateus 5:21-26 trata da comunhão horizontal e vertical que é a comunhão com Deus e com o irmão: “Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar (culto a Deus) e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.”
Quando o crente não age desta forma, além de está agradando ao inimigo, ele também está ofendendo a Deus. A comunhão quebrada com o próximo impede o cultuar a Deus em espírito e em verdade.
Em 1 João 4:20,21 diz: “Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.” Ou seja, comunhão vertical e horizontal.
Na comunhão com o irmão inclui o perdão pelas suas ofensas feitas. Perdão é não levar em consideração, em conta a ofensa. O perdão não é um sentimento (eu perdoou quando sentir que devo) e sim uma decisão (eu tomo a decisão de perdoar, de tirar a culpa daquele que me ofendeu).
Em Mateus 6:12-15 diz que se não perdoarmos, não seremos perdoado. “Se quisermos ser verdadeiros adoradores do Pai, temos de perdoar os nossos ofensores.” (CORNWELL, 1995, 82).
Se não perdoarmos nossos ofensores, não seremos perdoados dos nossos pecados. Se tivermos acúmulo de pecados em nossas vidas porque eles não foram perdoados, não poderemos ter boa relação com Deus (Is.59:2,3).
Se não tivermos boa relação com Deus não poderemos adorá-lo em espírito e em verdade. Isto se caracteriza como falta de comunhão vertical e horizontal.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

EBD - Teologia do Culto - Lição 27

CARACTERÍSTICAS DE CULTO CRISTÃO

3.Comunhão horizontal e vertical - 2ª PARTE

Em Tiago 4:1 o apóstolo questiona: “De onde procedem as guerras e contendas que há entre vós? Dos prazeres que militam em vossa carne”.
Sentimos um incontrolável prazer em falar mal dos outros; em caluniar os outros; em odiar e nos vingar dos nossos ofensores.
 Fazemos estas coisas porque satisfazem nossa carne. Porque nos dá prazer, mesmo sendo errado. Mas, elas nos afastam uns dos outros.
A doutrina dos apóstolos ensinava sobre o amor ao próximo; a tolerância em relação aos inimigos; como lidar com a vingança; como lidar com o ódio, entre outros. E aquela congregação com quase 3 mil membros conhecia os perigos da falta de comunhão, bem como os seus benefícios.
No Salmo 133 diz que é bom e agradável viverem unidos os irmãos. E no lugar onde há comunhão Deus ordena a benção e a vida para sempre. O contrário também é verdadeiro.
Onde não há comunhão o ambiente fica insuportável, sem produção do fruto do Espírito Santo e o que é pior, Deus não ordena bênção nem vida é um lugar árido, seco, sem vida.
Em um ambiente assim não pode haver um verdadeiro culto a Deus, pois uma das características do culto aos Deus verdadeiro é a comunhão horizontal e vertical ao mesmo tempo. Talvez naquele lugar haja um ajuntamento, uma programação, mas não há culto a Deus.