sábado, 7 de março de 2015

96ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 55: 12 - 14 

 2ª Parte  

Oração Imprecatória

Neste Salmo, também podemos ver o tamanho da decepção de Davi diante do comportamento dos seus “amigos” e diz: “Se outras pessoas fizessem isto comigo, saberia como resolver, mas logo você meu colega, amigo chegado, companheiro de ministério?” (12-14).

Certamente Davi estava profundamente abalado, pois aquelas pessoas já foram seus melhores amigos, de frequentar sua casa, de sentar em sua mesa, dividir confidências, cultuar a Deus juntos. Agora estavam, por alguma razão, contra Davi. A dor foi maior porque veio de onde ele nunca esperava ou imaginava que viesse.

Então Davi ora: “Que a morte apanhe os meus inimigos” (15). Esta é uma oração classificada como Imprecatória. Imprecatório – ato de imprecar, amaldiçoar, maldição.

Davi tem sentimentos conflitantes: temor e vontade de fugir daquela situação e o desejo de ver a destruição destes “amigos da onça” (9,15). Mas, a confiança em Deus vence os sentimentos ruins e ele entende que mesmo que os amigos sejam infiéis, Deus nunca o será.  

Podemos ver, em vários Salmos, a oração imprecatória. Mas, parece que os inimigos de Davi buscavam isso mesmo, pois não lhe davam folga. Esse tipo de oração não é prática só no Antigo Testamento. No Novo testamento, também se encontram algumas destas orações.

ü  Paulo em Gálatas 5:12 diz: “Eu queria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando”. (Veja também na NVI).
ü  Paulo em 2 Timóteo 4:14, sobre Alexandre diz: “causou-me muitos males. O Senhor lhe dará a retribuição pelo que fez”.

Pelo visto, orações imprecatórias são legítimas desde que:
ü  Não proceda de uma motivação carnal (1 Tm 2:8).
ü  Seja conforme a vontade de Deus (Mt 6:10).
ü  Busque a justiça de Deus (Sl 82:2,3).

APLICAÇÃO

Apesar deste tipo de oração ser legítimo, precisamos também ver como Cristo nos orientou a agirmos com estes inimigos: “Ama o teu inimigo e ora pelo que te persegue” (Mt 5:44). Paulo orienta a deixarmos qualquer tipo de vingança com Deus pois Ele mesmo diz: “A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei” (Rm 12:18-21).

Esta é, certamente, uma atitude difícil para qualquer um. Mas, é melhor ter mãos limpas diante de Deus e deixar com Ele esta tarefa do que maculá-las com uma vingança pessoal e que pode não dar certo. Já a vingança de Deus é certeira e não falha.

Davi diz: “Eu, porém, clamo ao Senhor e Ele me salvará!” (16).

ORAÇÃO


Que esta seja também nossa oração.

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