sábado, 23 de maio de 2015

121ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 77 

 “Para que, Deus?”

Neste Salmo Asafe se derrama diante de Deus em busca do Seu socorro, pois crer que será ouvido (1). O salmista se sente em profunda angústia ou por causa de problemas pessoais ou de uma crise nacional. O fato é que isto está lhe tirando o sono e a paz. 

Está tão perturbado que nem consegue falar direito (4). Sem consolo por causa da angústia pelas quais passa, acha que tudo isto acontece porque o povo de Deus foi abandonado por Ele (2-10).

Saudoso o salmista se lembra dos bons tempos passados; lembra dos grandes feitos do Senhor; reconhece que não há “deus tão grande como nosso Deus” (13). E para superar esta angústia Asafe busca conforto no que Deus já fez em sua vida e na vida da nação de Israel.

APLICAÇÃO

O chato da provação é sua aparente inutilidade. Quando estamos dentro da provação não buscamos ver ou saber porque aquilo tudo está nos acontecendo. O normal é acharmos que fomos abandonados por Deus. A provação tem como objetivo nos aperfeiçoar; nos trazer para mais perto de Deus.

Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação, porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida (Tg 1:12)”. É a tentação que objetiva nos distanciar de Deus. E esta última não é coisa de Deus, porque Deus (...) a ninguém tenta.(Tg 1.14).

Nossa pergunta não pode ser: “Porque, Deus?” Mas, “Para que, Deus?”. Quando estivermos em crise por não vermos Deus agindo e tudo parecer difícil como se Ele tivesse nos abandonado, é bom voltarmos nosso pensamento para o que Deus já fez em nossa vida.

Isto ajudará a fortalecer nossa fé em Deus que tem cuidado de nós e suprido cada uma (e não importa qual) das nossas necessidades. Aí poderemos encontrar as respostas porque estamos enfrentando tanta angústia e provação. Afinal, Deus prova os seus para saber o que está em seu coração (Deut 8:2).

ORAÇÃO

Senhor, abre os nossos olhos para que vejamos o que queres nos ensinar através da provação pela qual estamos passando.

Amém



120ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 76 

 Quem Deus é?

Asafe foi escolhido pelo rei Davi para dirigir o canto no Templo. E a composição deste Salmo pode muito bem ter sido para louvar e adorar a Deus pela vitória do rei. Provavelmente era usado durante as festas. Nele Asafe reconhece quem Deus é:

Seu nome é conhecido em Israel; Sua morada está em Jerusalém (através da presença da Arca da Aliança no Templo); É Vencedor, Majestoso, Autoridade, Temível, Poderoso, Salvador, Justo Juiz, Protetor dos oprimidos e controlador das autoridades. “Até a sua ira contra os homens redundará em seu louvor” (10).

Este Salmo é um reflexo da admiração da glória terrível de Deus que controla tudo e é capaz de derrubar todo o poder do inimigo para salvar os oprimidos da terra.

APLICAÇÃO

Quem é Deus? Poderemos, intelectualmente, fazer uma lista bem maior do que está registrada por Asafe neste Salmo. Mas, empiricamente, quem é Deus? Quem é Deus em nossa vida? Como temos percebido os atributos de Deus em nosso viver diário?

Exemplo:
  • Ele é supridor das nossas necessidades – como e quais necessidades Ele tem suprido? Muitas vezes Ele não nos dá o que queremos, mas o que realmente precisamos.
  • Ele é justo juiz – de que forma sua justiça tem sido vista em nossa vida?
  • Ele é protetor – como, do que ou de quem Deus tem nos protegido diariamente? Como isto tem sido manifestado?

Meu desafio hoje é para que paremos por um instante para vermos quem Deus tem sido de forma bem prática em nossa vida. Louvemos e adoremos a Deus por isso.

ORAÇÃO

Obrigada Senhor, porque tenho visto diariamente os teus atributos sendo manifestados em relação a mim. Amém!

segunda-feira, 18 de maio de 2015

119ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 75

Senhor, Dói!

Asafe neste Salmo dá graças a Deus pelos seus muitos e maravilhosos feitos. Por Ele ser um Deus justo que no momento certo aplicará sua justiça na vida daqueles que a merecem. Um Deus que trata o arrogante, o rebelde e o humilde conforme as obras de cada um.

Nas mãos do Senhor está o direito de punir aqueles que desonram o Seu nome e de premiar e exaltar aqueles que são fiéis a Ele. Quanto a Asafe, compromete-se a continuar dando graças e louvando a Deus.

APLICAÇÃO

Dar graças a Deus deve ser o comportamento normal e rotineiro dos Seus filhos que recebem do Senhor as muitas bênçãos. Bênçãos estas que muitas vezes veem em forma de repreensão e correção. Mas, que são para o nosso bem, portanto, são bênçãos.

Se Deus quer o melhor para nós e em nós é natural que Ele trabalhe em nós a fim de nos levar até as bênçãos. E, muitas vezes, este trabalhar vem acompanhado de dor ou através de alguém que faz doer.

Para fazer um lindo e útil vaso, o oleiro amassa muito o barro. Para fazer uma linda e cara joia o ourives eleva a temperatura do fogo a fim de purificar bem o ouro. 

O Senhor para nos tornar o mais parecido, possível, com Cristo e prontos para sermos usados por Ele, nos prova até estarmos prontos para o uso. 

Isso tudo é motivo suficiente para darmos graças a Deus e reconhecermos todos os seus maravilhosos feitos em nossa vida. Só precisamos reconhecer que é Deus trabalhando em nós.

ORAÇÃO



Senhor, dói. Mas, obrigada pelo fogo!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

118ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 74 

 “Destrói-os!”


A sensação de Asafe neste Salmo é de que Deus os abandonara. A presença do Templo demonstrava que Deus estava com o Seu povo. Agora com o Templo destruído pelos inimigos, esse povo se sentia como se Deus não estivesse mais com ele. (1,2).

De forma violenta os inimigos destruíram o Templo. Atearam fogo nele, profanaram o lugar de adoração, ameaçaram acabar com o povo. Os profetas sumiram e o povo ficou sem saber o que fazer ou até onde e quando aqueles blasfemos inimigos continuariam fazendo tanta maldade.

Nesta oração Asafe pede a Deus para interferir nesta dolorosa situação (12-23).

APLICAÇÃO

As vezes diante do ataque dos nossos inimigos, temos a sensação de que Deus nos virou as costas. De forma violenta e ameaçadora estes inimigos se levantam e dominam a situação. Muitas vezes somos destruídos por eles e fazemos exatamente o que estes inimigos nos impõem. Isto acontece quando tiramos os olhos de Deus e damos brechas para que eles assumam o controle.

Até que o Senhor abre os nossos olhos e entendimento e nos faz ver com quem realmente estamos lutando, qual o motivo desta luta e porque estão vencendo. Quando entendemos isso e corremos de volta para Deus, Ele assume o controle e declara a vitória sobre estes inimigos.

 Não é Deus quem se afasta. Somos nós que negligenciamos nossa comunhão com Deus, tiramos nossos olhos Dele. Tiramos nossos pés da Rocha e aí somos presas fáceis para os ataques dos inimigos que deitam e rolam em nossa vida.

ORAÇÃO

Senhor, Destrói-os!

sábado, 9 de maio de 2015

117ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

        Salmo 73

         Parte 2 

     “Tive Inveja!”

Refletindo mais uma vez sobre o Salmo 73 vemos que Asafe reconhece a bondade de Deus para com seu povo, bem como a sua fragilidade espiritual, Asafe admite que seu pecado é a inveja por causa da prosperidade dos ímpios. Por causa deste pecado, quase se afastou do Senhor.

Ele admite que enquanto mantinha mágoas em seu coração por ver a prosperidade dos ímpios, além de alimentar a inveja por eles, também agia de forma insensata, ignorante para com Deus. Ele reconhece o agir de Deus em sua vida e muda sua atitude. 

Reconhece ainda, que mesmo que sua carne e seu coração sejam tentados a fazer o que é errado, tem a certeza de que “Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre” (26).

Asafe aprendeu que aqueles que “Te (Deus) abandonam, sem dúvida, perecerão” (27), estes serão destruídos. Quanto a ele chegou a conclusão de que “bom é estar perto de Deus” (28). Então faz do Senhor o seu refúgio.

APLICAÇÃO

Em nosso caminhar diário corremos o risco de desenvolvermos inveja de alguém que prospera em alguma área de sua vida. Inveja pelo que alguém é ou tem. Aqui o salmista descreve uma lista de coisas que os ímpios tinham ou não tinha; eram ou não eram (4-12). Então confessa “Tive inveja!” 


Com muitos de nós não tem sido diferente de Asafe. Com esta atitude pecamos, pois não nos conformamos com o que Deus nos dá. E isto é afronta para com Ele.

Muitos desfalecemos em nossa fé e achamos que não vale a pena viver uma vida cristã em obediência a Deus e acabamos nos metendo em ações que são contrárias as Suas Palavras. Pois, enquanto os ímpios prosperam, nós sofremos, somos afligidos por várias situações que nos maltratam. Isto não é justo! Dizemos.

Em nossa loucura, não percebemos que Deus está nos protegendo de algo que certamente, seria para nossa ruína. Só quando caímos em nós, buscamos ao Senhor é que compreendemos o quanto estamos sendo injustos, insensatos e ignorantes com Deus que, apesar de nós, continua nos “sustentando com sua mão; dirigindo-nos com seus conselhos e ainda nos honrando” (21-25).

ORAÇÃO

Aí só podemos dizer como Asafe: “mesmo que meu corpo e coração fraquejem, Deus é a minha força e a minha herança” (26).


quinta-feira, 7 de maio de 2015

116ª
 

REFLEXÃO EM SALMOS

SALMO 73 

 “Com efeito, Deus é bom!”

Asafe era um levita, descendente de Gerson, filho de Levi. Foi escolhido por Davi para dirigir o canto no Tabernáculo (1 Cr 6:31,39). Foi autor de 12 Salmos todos de caráter proféticos (50; 73-83). Era um homem que mantinha profunda intimidade com Deus e através das suas muitas experiências com o Senhor poderia dizer “Com efeito, Deus é bom!” (1).

Mas, como todo ser humano, Asafe também passava por profundas crises espirituais ao ponto de dizer: “quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos” (2). Qual pecado levou Asafe a “quase se desviar”? Sentiu inveja dos arrogantes e da prosperidade dos ímpios (3-12). Ele chegou a achar que sua vida com Deus foi inútil.

Enquanto ele lutava contra os seus pecados, os ímpios eram felizes e prósperos. Os pecadores eram populares enquanto ele, um belo desconhecido, um anônimo. Deveria ter agido como os ímpios, pensou ele. Quando Asafe tirou os olhos de Deus e olhou para sua própria vida, “quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos” (2).

Dentro do Templo, de volta a comunhão com Deus Asafe percebe o fim que terão aqueles que foram objeto de sua inveja. Dentro do Templo ele recobra o sentido da vida. Com Deus ele entendeu que “mais vale o pouco do justo do que a abundância de muitos ímpios (Sl 37:10).

APLICAÇÃO


Muitos de nós, em algum momento, temos duvidado da bondade de Deus para conosco e desejado mais as prosperidades dos ímpios do que viver na presença de Deus “onde há plenitude de alegria” (Sl 16:11). Tiramos o foco de Deus e nos incomodamos porque os ímpios prosperam, a tal ponto de nos desgastarmos com inveja deles. 

Esta atitude nossa não fará estes ímpios sofrerem, quem sofre somos nós, pois a inveja é um pecado e nos contamina, além de ofendermos a Deus com nossa desconfiança e insatisfação.

Ainda bem que em seguida Deus nos traz à razão e nos mostra o fim deles, bem como a recompensa para os que optam em estar junto a Si. Asafe reconheceu isto e disse: “quanto a mim, bom é estar junto a Deus” (28). Que esta seja também a nossa oração.

ORAÇÃO

Senhor, perdoe-me por muitas vezes sentir inveja dos que prosperam.  
115ª 


REFLEXÃO EM SALMOS

Salmo 72 

Que Deus te abençoe, meu filho!

Esta é uma oração do Rei Davi, feita em favor de Salomão seu filho, provavelmente por ocasião de sua coroação ou no aniversário desta coroação. Ele pede para que Deus o abençoe em seu reinado a fim de que reine com retidão e justiça os oprimidos.

Também, pede prosperidade para a nação; que ela seja de abundante fartura; que seu reinado seja longo; que suas fronteiras sejam alargadas; que haja bom relacionamento com outros reinos vizinhos.

Que seja um reinado que se preocupe e liberte os pobres e oprimidos; que seu nome e seus feitos sejam reconhecidos por todos em todos os tempos; que seja um reinado de paz onde o justo e não o injusto floresça.

Encerra sua oração reconhecendo os grandes e maravilhosos feitos de Deus dizendo: “Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel”. (18,19).

APLICAÇÃO

Neste Salmo vemos um pai orando pelo sucesso de seu filho. Todos conhecemos como o reinado de Salomão foi um sucesso. Certamente, Deus ouviu a oração de Davi.

Este exemplo nos ensina que temos a responsabilidade de orar com e por nossos filhos biológicos e, porque não, também pelos filhos espirituais para que prosperem em suas atividades, ministérios, vida espiritual. Que tenham sabedoria para agir com justiça em todas as suas ações.

Esta oração também, nos mostra que devemos orar pelas autoridades, sejam elas políticas ou religiosas, que estão sobre nós. Para que tenham uma liderança justa e correta. Não opressora, mas libertadora e acima de tudo que reconheçam que acima delas está o Senhor, que zela por nós.


ORAÇÃO


Bendito seja o seu glorioso nome para sempre! Amém e amém. (Sl 72:19).

114ª 

REFLEXÃO EM SALMOS

        Salmo 71 

    Oração na Velhice

O salmista aqui, já farto de dias, faz uma oração a Deus. Descreve sua vida-longa e atribulada. Mostra o quanto foi perseguido por inimigos que não lhe deram trégua. 

Mas, reconhece que estas dificuldades e provações só lhe aproximaram mais de Deus. Aprendeu que não há razão para desespero em frente as dificuldades que pode trazer sua velhice, pois Deus está no controle. Portanto, seu futuro e alvissareiro.

Quanto àqueles que sem trégua se levantam para tentar destruí-lo, sua oração é para que Deus mesmo cuide de cada um deles (24). O salmista, porém, assume uma postura de adorador pois crê na atuação de Deus em sua vida: “Tu me farás mais honrado e mais uma vez me consolarás” (21).

APLICAÇÃO

A velhice não é o estagio de vida mais esperado pela maioria das pessoas. Principalmente se sua vida foi cheia de dificuldades. Ela poderia se apresentar como uma possibilidade de sofrimento ainda maior. 

Suas forças se vão; suas atividades cessarão; o reconhecimento de muitos não chegará; sua utilidade parece não interessar a mais ninguém. Enfim, quadro assustador e ainda recheado de outros problemas e dificuldades que são próprios da velhice.

Mas, este salmista que já estava vivendo esta realidade, nos deixa o exemplo de que se Deus cuidou dele, não nos desamparará. Se o tornaria mais honrado e o consolaria (21), certamente estará pronto para fazer o mesmo conosco. 

E, mesmo que para muitos não sejamos mais úteis, e até sejamos descartados, para Deus sempre seremos objeto do seu amor e cuidado. Portanto nossa atitude não poderá ser diferente da atitude do salmista. “Eu te louvarei ó Santo de Israel (22)”.

ORAÇÃO

SENHOR, tu és a minha parte na herança e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro.” (Sl 16:5).